A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) publicou na segunda-feira, 24/01, uma nota em que refuta a acusação que resultou em medidas temporárias pela autoridade de comércio exterior da África do Sul (ITAC), referentes à investigação antidumping movida contra os exportadores de carne de frango.
A entidade afirma que os exportadores brasileiros não praticam dumping na África do Sul, tampouco nos mais de 140 países para os quais exporta e auxilia na segurança alimentar.
A investigação, iniciada em fevereiro de 2021, engloba as exportações provenientes do Brasil, Irlanda, Espanha, Polônia e Dinamarca, e impõe por seis meses tarifas adicionais às já elevadas taxas de importação de carne de frango da África do Sul.
“O Governo Brasileiro, a ABPA e as empresas exportadoras se manifestaram formalmente nos autos do processo no último dia 17 de janeiro e, neste momento, se está avaliando a estratégia a ser seguida a partir de agora”, afirma.
Esta é a segunda vez que a África do Sul impõe medidas protecionistas contra as exportações brasileiras de carne de frango. Em 2011, o mesmo artifício foi usado contra os embarques brasileiros. Em resposta, o Brasil moveu consultas bilaterais no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), que confirmou a ausência de dumping, impondo revés à investigação original sul-africana.
“Frente à reiterada imposição de barreiras protecionistas, o Brasil, novamente, tomará todas as medidas cabíveis nos foros locais e globais”.
“Ao mesmo tempo, diante da longa e sólida relação comercial entre Brasil e África do Sul, a ABPA espera que as autoridades sul-africanas possam rever a decisão que impacta, diretamente, os consumidores daquele país em um momento difícil para a segurança alimentar global, em plena pandemia”, acrescenta.
Fonte: ABPA