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Exportação de milho de MT deve aumentar com guerra na Ucrânia

Exportação de milho de MT deve aumentar com guerra na UcrâniaMT tende a captar a demanda, caso o conflito impacte nos grandes players. Foto: CNA

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Estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projetam aumento de 67% nas exportações brasileiras de milho, devido aos conflitos entre Ucrânia e Rússia e ao câmbio favorável. Mato Grosso, por sua vez, é destaque até o momento em termos de área plantada da segunda safra (94%) e deve ganhar espaço nos mercados interno e externo. Isso se relaciona, principalmente, aos prejuízos causados pelo excesso de chuva nos Estados de Minas Gerais, Goiás e São Paulo e também pela estiagem que acometeu a região sul do País.

“Caso haja de fato um impacto na produção desses grandes players, haverá consequentemente uma fatia importante de demanda no mercado [global]”, afirmou Monique Kempa, coordenadora de inteligência de mercado do Imea (Instituto de Mato-Grossense de Economia Agropecuária), ao Gigante 163.

Segundo a coordenadora, pelos preços bastante competitivos do Brasil, o País acaba se tornando uma boa opção para atender parte da demanda, levando também em conta a menor produção de milho na Argentina.

“Quando olhamos a nível Brasil, o Estado de Mato Grosso, maior produtor e exportador do País, tende a captar essa demanda”, afirma Kempa. “Outro fator que favorece o cenário é a previsão de produção que está bastante satisfatória para este ano, com 40 milhões de toneladas, enquanto outros importantes Estados produtores passam por uma quebra produtiva na primeira safra.”

Segundo dados do 6º boletim de grãos da Conab, de 10/3, o estoque do cereal em fevereiro de 2023 — final da safra 2021/22 — deve ser de 10,3 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 32,1% em relação à safra 2020/21, “dado que indica a recomposição da disponibilidade interna do cereal ao fim da safra em curso”, aponta matéria publicada pelo G1.

O Imea, no entanto, ainda não apresenta estimativas concretas do quanto a crise atual realmente influencia os lucros da safra. “O cenário está bastante incerto ainda. Não se sabe o impacto que esses conflitos terão sobre a produção de milho nesses dois países [Rússia e Ucrânia]”, conclui a coordenadora do Imea.

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