Você sabia que mais da metade do fósforo aplicado nas lavouras por meio de fertilizantes químicos continua no solo?
Cálculos da Embrapa apontam que um total de 45,7 milhões de toneladas, ou teragramas (Tg), de fósforo foi aplicado no Brasil desde 1960, quando começou a utilização regular desse insumo. Hoje, estima-se que 22,8 Tg desse montante continue fixado no solo.
E a boa notícia é que esse legado de fósforo na terra, que hoje é avaliado em mais de U$ 40 bilhões, pode ser resgatado e ajudar o Brasil neste momento de crise dos fertilizantes.
Pesquisadores da Embrapa descobriram que duas bactérias, o bacillus subtillis e o bacillus megaterium, conseguem resgatar o mineral do solo.
Ao liberam ácidos e enzimas perto das raízes, essa bactérias do bem ajudam a quebrar as ligações do fósforo com as partículas do solo, permitindo, assim, a sua absorção na forma de fosfato.
“Essas bactérias são parcerias da planta para melhorar o uso eficiente desse elemento. E com isso o produtor vai , futuramente, ter um manejo da adubação fosfatada mais eficaz. E com isso poder, sim, economizar fertilizantes. Você consegue aumentar em média de 20% a absorção de fosfato”, afirmou Christiane Paiva, pesquisadora da Embrapa Milho e Sorgo para o Globo Rural.
A tecnologia 100% nacional, aplicada logo no tratamento da semente, antes de cada plantio, reduz o custo e aumenta a produtividade, segundo um agricultor que faz uso da tecnologia há dois anos ouvido pela reportagem.
Fonte: Embrapa e Globo Rural
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