Você sabia que muitas famílias do Mato Grosso ainda seguem a tradição de comer canjica na Sexta-feira Santa?
Hábito antigo ligado à religião católica, o prato, que mistura milho, leite, açúcar, canela e cravo, tinha presença garantida em todas as mesas na data, marcada pelo jejum.
A diferença é que antes era feita no fogão à lenha e hoje na panela de pressão.
Sua origem é incerta. Alguns pesquisadores afirmam que a canjica chegou ao Brasil com os escravos e era alimento bastante utilizado nos quilombos e senzalas. Há outra versão, em que ela seria uma herança dos índios Tupinambás, que habitavam o litoral, quando os europeus chegaram nos começos do século XVI.
Seja qual for a verdade, a canjica hoje faz parte da culinária brasileira e, em alguns Estados do Norte e Nordeste, até ganha outro nome: mungunzá. E não pode faltar em festas juninas.
Além de proteínas, ferro, fibras, fósforo, ácido fólico, zinco e vitaminas, dizem que o prato também serve pra arrumar marido. Mas para isso é preciso comer canjica em sete casas diferentes.
E, aí, já colocou a sua canjica de molho?