Uma nova regra passa a valer para o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) a partir da próxima safra. Baseada em pesquisas desenvolvidas pela Embrapa em diferentes regiões brasileiras, dobra de três para seis as classes de água disponível (AD) no solo, passando a representar 99% das terras agrícolas brasileiras. Em resumo:
- A antiga metodologia considerava apenas três classes de AD, sendo uma para solo arenoso, outra para solo de textura média e outra para solo argiloso.
- O conceito de AD indica a quantidade de água armazenada no solo e é determinante para a agricultura, pois determina o tempo que uma cultura conseguirá sobreviver sem chuva.
- O maior número de classes de AD aumenta a eficiência e precisão dos plantios em diversos tipos de solos.
- Ao mesmo tempo, amplia a precisão da estimativa do risco hídrico dentro do intervalo de cada classe.
- Por isso, tem potencial de aperfeiçoar o Zarc como instrumento de política pública no Brasil.
- A nova metodologia será usada no Zarc-Soja na safra de 2022, especialmente para mitigar os efeitos da deficiência de água nessa cultura.
Por que seguir o Zarc?
O ZARC nada mais é do que um calendário agrícola. É elaborado com o objetivo de minimizar os riscos relacionados aos fenômenos climáticos adversos e permite a cada município identificar a melhor época de plantio das culturas, nos diferentes tipos de solo e ciclos de cultivares. Os agricultores que seguem as recomendações do Zarc estão menos sujeitos aos riscos climáticos e poderão ser beneficiados pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e pelo Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). Muitos agentes financeiros só permitem o acesso ao crédito rural para cultivos em áreas zoneadas e para o plantio de cultivares indicadas nas portarias de zoneamento.
Fonte: Embrapa