Um fertilizante inteligente e ecológico, de liberação lenta, capaz de aumentar a biomassa da soja, é a mais nova descoberta de pesquisadores brasileiros e alemães. Parceria entre a Embrapa Instrumentação (SP), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e o instituto alemão Forschungszentrum Jülich, o produto se mostrou alternativa eficiente às fontes comerciais solúveis e benéficas para o desenvolvimento da soja, embora sejam necessárias mais pesquisas para conhecer melhor os efeitos do composto St/PS nas plantas.
A seguir, um resumo do que o desenvolvimento do fertilizante revelou:
- É capaz de aumentar em até 10 vezes a biomassa da soja quando comparado a sistemas convencionais de adubação.
- Utiliza o enxofre, rejeito da indústria do petróleo, para liberar uma fonte natural de fósforo denominada estrutiva, oriunda de resíduos urbanos.
- O composto, denominado estruvita-polissulfeto (St/PS), foi testado na cultura da soja, por usa importância agronômica e alta dependência de fertilizantes.
- Além de sustentável, o novo fertilizante é de liberação controlada, o que permite a entrega gradual de nutrientes de forma mais compatível com os ciclos da cultura.
- Mostra potencial para reduzir a dependência brasileira de fertilizantes importados.
Com uma área plantada em torno de 70 milhões de hectares, o Brasil ocupa a quarta posição entre os consumidores de fertilizantes do planeta, sendo o maior importador.
Fonte: Embrapa