Os embarques brasileiros de carne bovina devem se manter aquecidos nos próximos meses e renovar o recorde anual, informou em relatório o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP), divulgado nesta quinta-feira, 14/7. Isso porque as vendas externas foram ancoradas pelos envios da proteína à China e aos Estados Unidos.
O centro de estudos complementa, dizendo que, para reforçar esses envios externos, o dólar está operando em elevado patamar, ao passo que as vendas no mercado doméstico seguem enfraquecidas, contexto que deve manter frigoríficos exportadores focados neste canal de escoamento. O volume exportado à China primeiro semestre deste ano, por exemplo, já representa 74,64% do total de 2021, número que ajuda a traçar um cenário favorável para o setor.
Entre janeiro e junho de 2022, o Brasil exportou mais de 1 milhão de toneladas de carne bovina in natura e industrializada. Segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), do Ministério da Economia, metade desse volume, o equivalente a 539,98 mil toneladas, teve como destino a China. A quantidade de carne enviada ao país asiático ao longo deste ano cresceu 35% em comparação a igual período de 2021.
China é principal comprador do Brasil
Ainda conforme o Cepea, há três anos a China vem se sustentando como principal destino da carne bovina brasileira, com exceção dos meses de outubro, novembro e dezembro de 2021, quando o gigante asiático suspendeu as compras do Brasil. Agora, o volume da proteína vermelha exportado à China de janeiro a junho já representa 74,64% do total de 2021.
O valor pago pelos chineses pelo quilo da carne bovina brasileira teve média de US$ 7,33/kg em junho, alta de 12,42% em comparação a maio. Entre janeiro e junho, o preço pago pela China teve aumento de 17,41%, enquanto a média de todos os países subiu 29,22%.
Fonte: Estadão Conteúdo