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Bombeiros fiscalizam propriedades rurais onde há uso irregular do fogo

Bombeiros fiscalizam propriedades rurais onde há uso irregular do fogoFocos de calor aumentou 23% em MT, entre janeiro e junho deste ano. Foto: Secom-MT

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O número de focos de calor em Mato Grosso, entre janeiro e junho deste ano, aumentou 23% em relação ao mesmo período de 2021, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O dado é uma alerta de risco elevado para grandes incêndios, um dos maiores pesadelos de produtores rurais que podem sofrer altos prejuízos com fogo fora do controle.

O Inpe já  havia divulgado, no início do mês, o número assustador de 3.578 focos de calor  no Cerrado, um recorde para o bioma e o maior já registrado pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE) no período desde 1998, quando começou a série histórica, como noticiou o Gigante 163.

Para evitar que o tempo seco e as altas temperaturas contribuem para focos de incêndios florestais, o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso começou a Operação Abafa para fiscalizar as propriedades rurais onde há o uso irregular do fogo no Estado durante o período proibitivo.

Como funciona?

O batalhão de emergências ambientais faz o monitoramento das regiões e define os municípios que serão fiscalizados a partir da quantidade de focos de calor.

Com o intuito de contribuir para melhores estratégias de prevenção e combate a essas ocorrências, o Instituto Centro de Vida (ICV) faz um mapeamento das brigadas no Estado. As brigadas podem ser municipais, estaduais, federais, comunitárias ou particulares.

MT possui poucos brigadistas

O grande problema, porém, é que 100 dos 141 municípios de Mato Grosso não possuem unidades permanentes de prevenção, segundo o instituto. O Gigante 163 alertou para esse problema na reportagem sobre duas cidades com maiores focos no Estados que não contam com Corpo de Bombeiros.

“É preciso estabelecer formas de financiamento às brigadas comunitárias, que muitas vezes são as que menos recebem apoio institucional e de recursos para a permanência e são tão importantes quanto as outras brigadas já estruturadas pelo poder público ou as privadas”, disse o analista em gestão ambiental Marcondes Coelho, sobre a necessidade de investimento em brigadas comunitárias.

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