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Semana passada falamos do papel da agropecuária na preservação do meio ambiente. Esta semana, em plena semana de COP 27, trouxemos uma matéria falando sobre uma solução para esta preservação – O sistema ILP (Integração Lavoura-Pecuária). E ninguém melhor para falar de bem estar animal e do planeta, que Léo Lorentz.
Médico veterinário e influenciador digital, trabalha na fazenda da família com pecuária de corte e agricultura, integraçãoLavoura/pecuaria. Posta seu dia a dia na fazenda mostrando o ciclo completo da pecuária de cria, como reprodução e manejo com os bovinos, além dos outros animais da fazenda, ovinos, suínos e aves! Fundador e diretor do Instituto Vale Rico, um criadouro conservacionista de fauna silvestre, que tem como um dos seus objetivos principais unir o agro e o meio ambiente! Léo é médico veterinário e influenciador digital, trabalha na fazenda da família com pecuária de corte e agricultura, integração lavoura-pecuaria. Posta seu dia a dia na fazenda mostrando o ciclo completo da pecuária de cria, como reprodução e manejo com os bovinos, além dos outros animais da fazenda, ovinos, suínos e aves! É também fundador e diretor do Instituto Vale Rico, um criadouro conservacionista de fauna silvestre, que tem como um dos seus objetivos principais unir o agro e o meio ambiente!
Encontre outras matérias de convidados aqui, e aproveite o artigo de Léo abaixo.
Cada vez mais estamos escutando falar sobre integração lavoura-pecuária, um manejo que vem despertando interesse de muitos produtores, sejam eles agricultores ou pecuaristas. Podemos pensar em integração a partir de dois pontos: um é o produtor de grãos que resolve otimizar a produção de suas áreas nos períodos de seca e o outro é o pecuarista que resolve renovar suas pastagens através da agricultura. Conhecendo esses dois pontos, vamos entender melhor sobre o que tem feito os produtores mudarem seus sistemas de produção.
Partindo do ponto de vista do pecuarista, podemos observar uma mudança no comportamento desses produtores nos últimos anos: os sistemas estão ficando cada vez mais intensivos e o pecuarista tem se preocupado muito com a produção de alimento/volumoso dos animais. O preparo das áreas para plantio, correção de solo, adubação e uso de variedades mais exigentes de pastagens estão se tornando práticas mais comuns dentro das propriedades. Isso fez com que os custos de renovação das pastagens aumentassem muito e, com o retorno mais lento do ciclo da pecuária, os pecuaristas passaram a adotar a prática da integração lavoura-pecuária.
“Se já estou fazendo preparo de área, correção de solo, adubação, por que não entrar com agricultura primeiro e depois a pastagem?” Com esse pensamento, os pecuaristas viram que vale a pena passar a integrar suas propriedades, produzir seus próprios grãos, diminuir os custos da pecuária e trazer mais rentabilidade ao negócio. Não podemos deixar de ressaltar que, em áreas onde foi realizado agricultura por alguns anos, a qualidade e a produção da pastagem superam as de áreas onde é realizado somente o plantio direto do capim. Em algumas regiões do país, é possível fazer duas safras de grãos e uma de pastagem no mesmo ciclo. O plantio da soja, posteriormente do milho safrinha junto à pastagem, está fazendo com que os pecuaristas aumentem ainda mais a lucratividade das fazendas e passam a ter mais disponibilidade de alimento volumoso nos períodos de seca, trazendo ainda mais rentabilidade e mostrando que essa prática faz com que a fazenda produza em todos os períodos do ano.
E claro que esse sistema também despertou o interesse dos agricultores. Ao invés de deixarem suas áreas “paradas” no vazio sanitário ou nos períodos de seca, muitos passaram a integrar com a pecuária. Os produtores de grãos começaram a fazer parte, geralmente, dos sistemas de recria e engorda, e assim trazendo mais uma safra dentro do mesmo ciclo e mais rentabilidade.
E essa rentabilidade dos agricultores não ficou somente com a produção de @ por hectare. Estudos já comprovam que a realização da integração lavoura-pecuária fez com que aumentasse também a produção de sacas de grãos por hectare. Intercalar a pecuária com a produção de grãos faz com que os solos fiquem com mais cobertura, consequentemente mais matéria orgânica, melhorando a microbiota do solo e aumentado a produção de grãos nessas áreas e, mais uma vez, aumentando a lucratividade das propriedades.
E não posso deixar de falar sobre sustentabilidade. Com o manejo de integração lavoura-pecuária, podemos também começar a pensar em créditos de carbono, em pecuária de baixo carbono, em integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), comércios que prometem muito crescimento nos próximos anos.
E a integração lavoura-pecuária vem aquecendo ainda mais o mercado do agro. É uma técnica que envolve muitos profissionais, como, agrônomos, médicos veterinários e zootecnistas, além de empresas de insumos de diversos ramos. Independe de qual ponto for a partida para a integração, é importante que os produtores procurem sempre orientação técnica especializada para que todos os processos sejam feitos de maneira técnica e corretamente.