O Gigante 163 convidou diversos especialistas, produtores e influenciadores para colaborar com conteúdos que interessam os nossos leitores – profissionais do agronegócio. Para fechar a nossa série de tendência de marketing no Agro para 2022, junto com o Tiago Martinez, convidamos a Mônica Zanotto Arruda para agregar. Mônica é especialista em marketing AGRO, palestrante, professora de cursos e treinamentos especializados para o AGRO, assessora de comunicação e marketing digital com 15 anos de experiência, sendo 9 atendendo à demandas de marketing AGRO, de revendas a multinacionais pelo Brasil – também é criadora de conteúdo no Instagram @mktdoagro. Encontre outras matérias de convidados aqui, e aproveite o artigo de Mônica e Tiago abaixo.
Todos nós já estamos acostumados com o termo “influencer”, isto é um fato. Mas de uns tempos para cá, essa profissão vem ganhando cada vez mais espaço também no universo do agronegócio.
A velha ideia de que o campo está desconectado da cidade já ficou para trás e os influencers se tornaram uma espécie de porta-voz do agronegócio. Mas, com tantas atualizações, surgem também algumas dúvidas, como por exemplo: o que o futuro reserva para os profissionais que fazem o elo entre as plataformas digitais e o agro?
Partindo dessa dúvida, separamos algumas tendências que podem guiar o trabalho dos influenciadores e o marketing digital neste ano de 2022.
Confira a seguir:
1. União de marcas e pessoas para defender causas importantes para o AGRO.
Mais do que nunca precisaremos que marcas, influenciadores e profissionais se posicionem e defendam o AGRO de forma inteligente. Temos diversas pautas relevantes que merecem e precisam ser abordadas de forma criativa e responsável. E é preciso a união dos segmentos, setores, entidades e empresas para dar força à nossa voz e defender o que acreditamos!
2. Retorno dos eventos – agora, híbridos.
As melhores conferências combinarão experiências remotas e do mundo real. Com uma nova fase da pandemia que parece ser um pouco menos rigorosa do que as que vivemos até hoje, o retorno dos eventos presenciais também aquece a necessidade das figuras dos influenciadores para tornar ainda mais ampla a divulgação para os públicos corretos. Mas, não se engane: eventos que optarem somente pelo presencial estarão perdendo uma grande oportunidade. O ideal é trabalhar com eventos híbridos: presencial e online, atingindo todos os tipos de público.
3. Conteúdo baseado em dados.
O marketing de conteúdo baseado em dados (data-driven) utiliza dados coletados do público-alvo para basear e orientar a criação de posts, vídeos, podcast e demais conteúdos. É menos “achismo” e mais certeza. Um dos pontos positivos de uma empresa contar com um influenciador de nicho específico é que esse profissional pode, também, se tornar uma fonte de dados para a empresa, ao ouvir o seu público.
4. Colaboradores como influencers.
Essa é uma tendência que não é exclusiva do agro, mas que ganha ainda mais força. Se você tem uma empresa e possui colaboradores engajados de verdade, com certeza poderá contar com a propriedade daqueles que vivem o dia a dia e defendem a missão do agronegócio de forma contundente e realista. Fomentar a influência dos colaboradores vem se tornando uma estratégia muito acertada para atingir os clientes e novos clientes de forma orgânica.
5. Vídeos curtos que estimulam conversas.
Os vídeos continuam em alta nos meios digitais. A tendência que se mantém são vídeos curtos, criativos, objetivos e coesos que, além de compartilhar informações, podem levantar discussões extremamente valiosas e necessárias para o agro.
6. Cobrança de posicionamento político.
A tendência é de que as marcas e empresas passem a criar contratos para evitar polêmicas que envolvam opiniões e discursos políticos. Mesmo vivendo em democracia, sabemos que discussões que tendem a ser levadas para o lado político ou religioso acabam ficando acaloradas e perdendo o foco. Esta não será uma intenção do agronegócio neste ano de eleições.
7. Maior visibilidade de nano e microinfluenciadores.
As marcas finalmente irão perceber a importância de trabalhar com nano e microinfluenciadores. Mais uma prova de que o número de seguidores não precisa ser gigante, pois o que importa mesmo é o engajamento e a autoridade de fala.
8. Regulamentação mais visível das publicidades.
Existe uma diferença entre as publis, os recebidos, as parcerias e afins, e elas precisam ser sinalizadas de forma correta. A presença do CONAR no acompanhamento e fiscalização será intensa em 2022, resultando até mesmo em autuações.
9. Novas plataformas crescendo (YouTube, LinkedIn e TikTok).
As marcas têm procurado seguir caminhos que vão além do Instagram, por isso, o crescimento de outras plataformas tem sido uma realidade e é uma oportunidade especialmente para quem se aventurar no TikTok e Youtube.
10. Contratos de mais duração entre influenciadores e marcas.
A ideia é que após um longo período de experimentações e (de certa forma) testes com os influenciadores, as marcas comecem a pensar em estratégias e trabalhos com durações maiores.
Os agroinfluencers vieram para somar na missão de levar as informações do campo para a cidade, e esse é um momento muito importante tanto para o agronegócio quanto para a comunicação. Ambos podem e devem trabalhar juntos para que o agronegócio se fortaleça cada vez mais e passe a se comunicar corretamente.
Imagem em destaque: Junior Ferrari