A ministra do Meio Ambienta e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou que no Brasil tem lugar para todos – indígenas, extrativistas, agronegócio, indústria – desde que preservem a natureza. A fala fez parte do discurso da ministra na abertura do Pavilhão Brasil na Conferência do Clima da ONU (COP29), nesta terça-feira, 12, em Baku, no Azerbaijão.
“Queremos que o Brasil seja uma terra de prosperidade, com combate à desigualdade e protegendo a biodiversidade, fazendo com que nosso país possa ser próspero, responsável e democrátivo. Um país com 8 milhões de km2 tem lugar para os indígenas, tem lugar para os extrativistas, tem lugar para o agronegócio, tem lugar para a indústria – tem lugar para todos, desde que sejamos sustentável”, disse ela.
Marina lembrou a inundação no Rio Grande do Sul e da Espanha e a seca na Amazônia, além das ondas de calor avassaladoras em várias partes do mundo, para destacar que não é possivel mais adiar a mitigação e a adaptação e, mais, é preciso transformar nossos modelos de desenvolvimento.
A ministra ainda destacou que, entre tantos temas que serão discutidos na COP29, são os mecanismos de financiamento os mais importantes, sem os quais, de acordo com ela, o que for anunciado vira apenas enunciado.
“Sem os meios de implementação não haverá como tirá-los da teoria para a prática; é disso que os países em desenvolvimento precisam e é disso que os países desenvolvidos precisam.
Nós temos a maior floresta tropical do mundo, temos a energia elétrica mais limpa do mundo – 85% é energia hidráulica, solar, elétrica, de biomassas – temos o biodiesel, o melhor do mundo – era 10% [percentual misturado à gasolina], o presidente Lula passou para 12%, 14% e no ano que vem vai para 15%, além da lei do combustível do futuro”, destacou.
O vice-presidente Geraldo Alckmin, também presente na abertura, destacou o protagonismo do País nos debates e negociações globais sobre as mudanças climáticas.
Nós temos a maior floresta tropical do mundo, temos a energia elétrica mais limpa do mundo – 85% é energia hidráulica, solar, elétrica, de biomassas – temos o biodiesel, o melhor do mundo”, destacou.
Alckmin destacou ainda a regulamentação do mercado de carbono no Congresso Nacional, a redução do desmatamento na condução do país para zerar o problema e a entrega das Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês).