A seca severa e a onda de incêndios florestais no Norte do Brasil transformou sudoeste da Amazônia na maior fonte de emissões de gases do efeito estufa do planeta nos últimos dias, segundo o serviço de monitoramento atmosférico Copernicus. A conclusão é baseada no volume de aerossóis e de monóxido de carbono captado nessa área de emissão. Esses gases são associados aos que causam o efeito estufa na atmosfera, como o dióxido de carbono, que também é liberado nos incêndios. As informações são de O Globo.
O doutor em biologia e pesquisador da USP e da Universidade Federal do Amazonas, Lucas Ferrante, que pesquisa os efeitos da ação humana sobre a Amazônia há mais de uma década, o evento se deve à crescente taxa de desmatamento e à subsequente queima da terra desmatada.
Os efeitos dessa emissão, se continuarem por um longo período, terão impacto por todo o planeta, segundo a pesquisadora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) Camila Silva e o professor de Economia na PUC-RS Gustavo Inácio Moraes, que estudou efeitos climáticos em sua tese de doutorado. Moraes ressalva que o cenário por enquanto é o resultado de uma temporada sazonal de queimadas, e apenas um período de muitos meses “poderia criar uma tendência mais alarmante”.
As consequências desses incêndios descontrolados. se continuarem por um longo período, terão impacto por todo o planeta, segundo a pesquisadora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) Camila Silva e o professor de Economia na PUC-RS Gustavo Inácio Moraes.
Camila chama a atenção para os efeitos devastadores, como o aumento do nível do mar, eventos climáticos extremos e a perda de inúmeras espécies de plantas e animais. Embora a situação atual seja em grande parte impulsionada pela seca anual, os especialistas temem que períodos prolongados de seca possam desencadear uma mudança mais permanente no clima da Amazônia.