Nos últimos 8 anos, área equivalente a duas vezes o município de Cuiabá foi explorada ilegalmente para fins madeireiros em Mato Grosso. Número corresponde a 40% do total explorado durante o período, de 1.627.358 hectares. Comparando os 3 últimos anos (2018 a 2020) com os 3 anos anteriores (2015 a 2017), a área explorada ilegalmente no estado teve um aumento de 31%.
A maior concentração se deu nos municípios de Colniza e Aripuanã, que juntos foram responsáveis por quase ¼ do total explorado no período.
Considerando somente o que foi explorado de forma ilegal em todo estado, 61,2% ocorreu em imóveis rurais privados já cadastrados junto ao órgão ambiental, portanto, passível de fiscalização e responsabilização. Os dados são referentes ao período de agosto de 2012 a julho de 2020 e constam no Portal de Inteligência Territorial lançado na quinta, 28/4, pelo Instituto Centro de Vida (ICV).
Objetivo da plataforma
O objetivo da plataforma é disponibilizar de forma facilitada e interativa as análises e mapas produzidos pelos profissionais do instituto ao longo dos últimos anos.
“A ideia é dar visibilidade às principais ameaças, mas também às soluções e caminhos possíveis para a manutenção da floresta em pé, com uma produção de alimentos equilibrada do ponto de vista socioambiental e o fortalecimento dos povos indígenas, comunidades tradicionais e da agricultura familiar”, disse o coordenador do programa de Inteligência Territorial do ICV, Vinicius Silgueiro.
Floresta em pé
O dado sobre a exploração da madeira, por exemplo, consta no tópico “Floresta em pé”. Lá, foram disponibilizadas informações sobre iniciativas que têm como objetivo a valorização dos produtos da floresta por meio do monitoramento e do manejo adequado.
Além de o Painel de Monitoramento da Exploração da Madeira em Mato Grosso, por exemplo, constam os dados de Plano de Manejo Florestal Sustentável da Castanha-do-Brasil e da Regeneração Natural Assistida em Áreas Degradadas da Amazônia.
O portal pode ser acessado aqui.
Fonte: ICV