Desde 2012, a energia solar centralizada, cujos projetos são adquiridos em leilões do governo, já trouxe mais de R$ 26,7 bilhões em novos investimentos e mais de 150 mil empregos acumulados, além de proporcionar uma arrecadação de R$ 8,2 bilhões aos cofres públicos, informou a Absolar.
“As usinas solares de grande porte geram eletricidade a preços até dez vezes menores do que as termelétricas fósseis emergenciais ou a energia elétrica importada de países vizinhos no ano passado”, disse em nota o presidente da entidade, Rodrigo Sauaia, ressaltando a velocidade da construção de uma usina do segmento. “São menos de 18 meses desde o leilão até o início da geração de energia elétrica”, complementou.
Atualmente, as usinas solares de grande porte operam em nove Estados brasileiros, nas regiões Nordeste (Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo) e Centro-Oeste (Tocantins).
De acordo com Sauaia, há um grande descontentamento do setor fotovoltaico com o Ministério de Minas e Energia, diante da exclusão da fonte solar do leilão para entrega de energia A-6 de 2022, marcado para acontecer em 16 de setembro deste ano, que não prevê a oferta de produtos para a energia solar.
Para o vice-presidente do Conselho de Administração da Absolar, Márcio Trannin, é preciso que as autoridades do governo garantam isonomia entre as fontes de energia no certame e incluam os projetos fotovoltaicos, justamente por se tratarem de empreendimentos com preços competitivos e que podem ajudar a reduzir a conta de luz dos consumidores.
“Não há justificativa técnica e nem econômica para deixar a solar de fora do A-6. A quem isso interessa?”, questiona Trannin. “Energia elétrica competitiva e limpa é fundamental para o País recuperar a sua economia e conseguir crescer. A fonte solar é parte desta solução e um verdadeiro motor de geração de oportunidades, novos empregos e renda aos cidadãos”, concluiu.
Fonte: Estadão Conteúdo