A geração solar fotovoltaica deve agregar um total de 11 gigawatts (GW) à capacidade instalada de eletricidade no país em 2024. A fonte iniciou o ano com 37 GW de potência instalada e está atualmente com mais de 46 GW. Até o fim do ano, a expectativa é o incremento de mais 2 GW, somando usinas de grande porte (geração centralizada, contratada em leilões do governo) e pequenos sistemas solares em telhados e pequenos terrenos (geração distribuída).
O ritmo de expansão da fonte deve continuar forte, avalia Ronaldo Koloszuk, presidente do conselho da ABSOLAR, que compilou os dados. Ele acredita que a demanda elétrica em médio e longo prazos deve crescer significativamente com novas tecnologias, crescente consumo em data centers e produção de hidrogênio de baixo carbono, o que deve impulsionar projetos de grande porte, destaca o Valor.
A geração distribuída, que responde por dois terços da potência fotovoltaica instalada, vai continuar puxando o crescimento da fonte, pontua Koloszuk, por causa do imenso potencial ainda não explorado, informa o Canal Solar.
“A cada cem contas de luz no país, quatro são hoje abastecidas por energia solar. Na Austrália, são 30. Portanto, a energia solar no Brasil ainda tem longo caminho a ser percorrido, sendo um segmento que tem muitas oportunidades para todos.”
A expansão solar, ao que parece, vai continuar a passos largos. Mas empresas e entidades do segmento de fontes renováveis já calculam prejuízos de quase R$ 1 bilhão neste ano por causa dos cortes na geração eólica e solar estabelecidos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), informa o Valor. No setor de energia solar, as empresas acumulam prejuízos de R$ 237 milhões, enquanto no segmento de energia eólica as perdas ultrapassam R$ 700 milhões.