Os casos de malária tiveram uma redução de 67% após o fechamento de garimpos ilegais em Mato Grosso. Os números foram divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) na quarta-feira, 27/4.
Foram registrados, no primeiro trimestre deste ano 234 casos contra 717 verificados no mesmo período de 2021, sendo 80% deles foram em áreas de garimpo.
De acordo com o G1, Pontes e Lacerda, líder do ranking com maior número de casos de malária nos últimos dois anos, foi o município que apresentou a maior queda nos números da doença, com cerca de 65% de redução.
Entre janeiro a junho de 2021, Mato Grosso indicava um aumento de 129,1% no total de casos, comparado com o mesmo período de 2020, com 2.199 registros .
As cinco operações de fechamento de garimpo ilegal na Terra Indígena Sararé, realizadas no ano passado, deram resultado.
O professor e médico do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP) Cláudio Marinho faz uma correlação do desmatamento e a proliferação da malária.
“Toda vez que eu entro na floresta e a desmato, as pessoas vão entrar em contato com o mosquito que transmite essa doença e que irá se propagar. Por isso que uma das maneiras de controlar a doença é combater o desmatamento, não só por garimpo”, explicou ao G1.
Na segunda-feira 25/4, Dia Mundial de Luta Contra a Malária, a OMS faz um apelo aos países por investimentos em inovação e tecnologia com o objetivo de reduzir a carga da doença a nível global.
A malária é uma doença infecciosa que causa febre, calafrios, dor de cabeça e vômito.