Por André Garcia
Dez cidades do Centro-Oeste foram selecionadas para participar da primeira fase do programa Cidades Verdes Resilientes pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). A iniciativa oferece suporte técnico para que os municípios desenvolvam ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Na prática, significa criar maneiras de reduzir de emissões de gases de efeito estufa e, ao mesmo tempo, preparar as cidades para lidar com os impactos do clima.
De acordo com o MMA, integram o grupo as cidades de Corumbá (MS), Cáceres (MT), Campo Grande (MS), Coxim (MS), Cuiabá (MT), Formosa (GO), Goiânia (GO), Miranda (MS), Sinop (MT) e Tangará da Serra (MT). Ao todo, 50 municípios foram selecionados nesta primeira etapa do programa, que busca acelerar a implementação de políticas públicas ambientais.
A proposta inclui apoio técnico e ferramentas para que os gestores possam estruturar projetos eficazes, com base em dados e evidências.
“Na COP30, que será a COP da aceleração da implementação, será fundamental a ação colaborativa. O Programa Cidades Verdes Resilientes está impulsionando cem ações climáticas transformadoras, que incluem a recuperação de áreas verdes urbanas e a eletrificação da frota de ônibus, em 50 cidades, mostrando como a parceria entre todos os níveis de governo constrói um futuro resiliente e sustentável para todos”, afirmou a ministra Marina Silva.
A iniciativa faz parte dos preparativos do Brasil para a COP30, que será realizada em novembro, em Belém. Também está alinhada à Coalizão para Parcerias Multiníveis de Alta Ambição (Champ), lançada na COP28, com o objetivo de aproximar governos nacionais e locais na definição de metas climáticas mais ousadas.
Alinhamento à agenda internacional
Os municípios selecionados terão acesso a diagnósticos detalhados da situação climática local, recomendações estratégicas, estimativas de custo, cronograma de execução e indicadores de monitoramento. Tudo será acompanhado por uma equipe técnica especializada.
“As cidades brasileiras estão na linha de frente da crise climática e precisam de apoio para planejar e executar soluções. A iniciativa ajuda a construir essa ponte entre planejamento, capacidade técnica e financiamento”, destacou a secretária de Mudança do Clima, Ana Toni.
A iniciativa também integra um esforço mais amplo do Ministério do Meio Ambiente para engajar governos locais na agenda climática. Fazem parte dessa articulação entidades como a Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP) e o CDP América Latina.
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