O Cerrado ardeu em chamas no mês de maio, com 3.578 focos de calor computados. O número representa um recorde para o bioma: é o maior já registrado pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE) no período desde 1998, quando começou a série histórica. Os dados foram atualizados na quarta-feira, 01/06.
A cifra também é 35% maior do que maio de 2021, quando foram registrados 2.649 focos de calor, quantidade de queimadas que já figurava entre as mais altas da série do Instituto, e está duas vezes acima da média para o mês (1.711 focos).
No acumulado do ano, o Cerrado já acumula 6.630 focos de queimadas, número 23% maior do que o mesmo período do ano passado.
Amazônia
A Amazônia também teve recordes de queimadas em maio. No período, foram computados 2.287 focos, o maior número dos últimos 18 anos e o segundo pior da série histórica, só perdendo para 2004, quando foram registrados 3.131 focos no período.
A quantidade de queimadas registrada pelo INPE no bioma é 96% maior do que maio de 2021, quando foram computados 1.166 focos de queimadas, e seis vezes maior do que o mês passado, quando foram contabilizados 384 focos de calor no bioma.
No acumulado do ano, o bioma já soma quase 5 mil focos de queimada, número 21% maior do que o mesmo período do ano passado.
Maio é o considerado o primeiro mês da estação seca para ambos os biomas, mas ainda está longe do período de maior pico de queimadas, que geralmente ocorre entre agosto e setembro.
Fonte: oeco