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Com 2º julho mais quente, 2024 deve ter maior temperatura da história

Com 2º julho mais quente, 2024 deve ter maior temperatura da históriaMédia global ficou 1,64ºC acima da era pré-industrial Foto: Saul Schramm/ Governo de MS

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O mês passado interrompeu uma série de 13 meses de recorde de calor, com uma temperatura média de 16,91ºC. Ainda assim, este foi o segundo julho mais quente da história, com redução de apenas 0,04ºC na temperatura em relação ao mesmo período do ano passado, apontado como o mês mais quente da história.

Os dados, divulgados nesta quinta-feira 8/8 pelo Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S) da União Europeia, também mostram que a Terra deve registrar em 2024 o ano mais quente da história.

De acordo com o relatório, a temperatura média global nos últimos 12 meses ficou 0,76ºC acima da média entre 1991 e 2020 e 1,64ºC sobre a média do período de 1850 a 1900, a chamada era pré-industrial, usada como referência para metas climáticas.

Conforme publicação do Terra, para que 2024 não supere 2023 como ano mais quente, a diferença da temperatura global em relação às médias precisaria cair 0,23ºC nos próximos meses, algo que raramente aconteceu na série histórica.

Acordo de Paris

A meta mais ambiciosa do Acordo de Paris limita em 1,5ºC o aquecimento global neste século, em relação à era pré-industrial, patamar que vem sendo superado constantemente desde o início do ano.

São necessários pelo menos 20 anos acima dessa barreira para sacramentar que o objetivo foi descumprido, mas, se a tendência se mantiver, a humanidade deve conviver nas próximas décadas com aumento constante do nível do mar, ondas de calor mais frequentes e um crescente número de fenômenos extremos.

O aquecimento global é causado pelas emissões de gases do efeito estufa, como dióxido de carbono (CO2) e metano, que continuam aumentando, apesar dos alertas de cientistas de que elas precisam iniciar imediatamente uma trajetória de queda para garantir o cumprimento da meta de 1,5ºC até o fim do século.

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