O governo brasileiro acaba de apresentar uma nova versão do Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg), com o objetivo ambicioso de restaurar 12 milhões de hectares de áreas degradadas até 2030. A iniciativa, alinhada com as metas globais de combate às mudanças climáticas e preservação da biodiversidade, busca fortalecer políticas públicas, incentivos financeiros e ações de recuperação em todo o País.
Principais pontos do novo Planaveg:
- Expansão das áreas de restauração: O plano prevê a ampliação das áreas de restauração, com foco em áreas de preservação permanente (APPs) e reservas legais.
- Fortalecimento de políticas públicas: Serão implementadas novas políticas e incentivos para estimular a recuperação da vegetação nativa, como linhas de crédito específicas e programas de pagamento por serviços ambientais.
- Mobilização de recursos: A busca por recursos financeiros, tanto públicos quanto privados, será intensificada para garantir a implementação das ações previstas no plano.
- Envolvimento de diversos atores: O Planaveg contará com a participação de diversos atores sociais, como governos estaduais e municipais, setor privado, organizações da sociedade civil e comunidades locais.
- Monitoramento e avaliação: Será implementado um sistema de monitoramento e avaliação para acompanhar o progresso da restauração e ajustar as ações conforme necessário.
Impactos esperados:
A restauração de 12 milhões de hectares trará diversos benefícios para o Brasil, como:
- Mitigação das mudanças climáticas: A vegetação nativa captura carbono da atmosfera, contribuindo para a redução das emissões de gases de efeito estufa.
- Proteção da biodiversidade: A restauração de ecossistemas degradados favorece a recuperação da fauna e flora nativas.
- Segurança hídrica: A vegetação nativa ajuda a regular o ciclo hidrológico, contribuindo para a manutenção dos recursos hídricos.
- Melhoria da qualidade do ar: As árvores absorvem poluentes do ar, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida das populações.
- Fortalecimento da economia local: A restauração pode gerar empregos e renda para as comunidades locais.
Desafio
Apesar dos avanços, a implementação do Planaveg ainda enfrenta desafios, como a necessidade de maior investimento em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias para restauração, a definição de mecanismos eficazes de monitoramento e a garantia da participação efetiva dos diferentes atores envolvidos.
“O desafio agora é colocar em prática tudo que está no papel. Para isso, nós dependemos da união do setor privado, público, sociedade civil e da academia, para que possamos não apenas construir, mas sobretudo implementar modelos sólidos de governança que aterrissam o Planaveg no chão”, disse Rubens Benini, representante da sociedade civil na Comissão Nacional para Recuperação da Vegetação Nativa (Conaveg).