Outubro começou com o El Niño no limite de intensidade moderada a forte, apontam os dados da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA), dos Estados Unidos. As anomalias de temperatura da superfície do mar nos primeiros dias do mês pouco variaram em relação ao que se observou no final de setembro no Oceano Pacífico Equatorial. As informações são do MetSul.
De acordo com a NOAA, no dia 3/10, terça-feira, em que se observa a tradicional faixa de águas mais quentes do que a média, característica do El Niño, na região equatorial. Esta região é a usada como referência para definir se há El Niño e qual a sua intensidade e, como mostramos no Gigante 163, o fenômeno segue afetando o Brasil neste ano.
No Super El Niño de 2015-2016, a maior anomalia semanal observada na região Niño 3.4 foi de 3,0ºC em 18 de novembro. Já no Super El Niño de 1997-1998, o máximo de anomalia nesta área do Pacífico atingiu 2,3ºC em dezembro de 1997 e no começo de fevereiro de 1998. No Super El Niño de 1982-1983, o máximo foi de 2,6ºC na última semana de 1982.
A tendência é de o fenômeno seguir influenciando o clima nos próximos meses e com perspectiva de as águas aquecerem ainda mais na porção Centro-Leste do Pacífico com sua consequente intensificação. De acordo com o conjunto médio das projeções, o máximo de intensidade deste evento de El Niño seria alcançado entre dezembro e o começo de 2024.
Com base na média dos modelos climáticos dinâmicos, que possuem maior índice de acerto, o pico de intensidade deste episódio de aquecimento do Pacífico teria anomalia em torno de 2,0ºC, ou seja, no limiar de um El Niño forte a muito forte.