Começa nesta segunda-feira, 11/11, em Baku, no Azerbaijão, a 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29). A reunião anual de 196 países é um momento crucial para discutir e tomar decisões sobre o futuro do planeta, especialmente no que diz respeito às mudanças climáticas. A principal delas é manter o aumento da temperatura do planeta abaixo de 1,5 grau Celsius (ºC), conforme o Acordo de Paris
Até o dia 22 de novembro, uma das principais discussões será em torno de estabelecer uma Nova Meta Quantificada Global de Finanças (NCQG, na sigla em inglês). o que significa que, basicamente, os países estão buscando um novo acordo sobre quanto dinheiro será investido globalmente para ajudar os países em desenvolvimento a lidar com as mudanças climáticas. Essa nova meta visa substituir o compromisso anterior de US$ 100 bilhões anuais, que era considerado insuficiente para atender às necessidades crescentes.
Por que esse tema é tão importante?
- Desigualdade climática: Os países em desenvolvimento são os que mais sofrem com os impactos das mudanças climáticas, apesar de terem contribuído menos para o problema.
- Adaptação e mitigação: O dinheiro investido será usado para ajudar esses países a se adaptarem aos efeitos das mudanças climáticas (como secas, inundações e aumento do nível do mar) e a reduzir suas emissões de gases do efeito estufa.
- Transição energética: Uma parte significativa desse financiamento será direcionada para a transição para fontes de energia renováveis e para o desenvolvimento de tecnologias limpas.
Além do financiamento, outros temas importantes na COP29 incluem:
- Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs): Os países estão sendo pressionados a apresentar metas mais ambiciosas para reduzir suas emissões de gases do efeito estufa.O governo brasileiro divulgou a meta que ai apresentar na COP29. Segundo o comunicado, o Brasil se compromete a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa entre 59% e 67% em 2035, em relação aos níveis de 2005. Isso equivale a reduzir as emissões para algo entre 850 milhões a 1,05 bilhão de toneladas de dióxido de carbono equivalente (tCO2e) por ano. Sim, um inédito e estranho sistema de “bandas” de emissão.
- Adaptação: A necessidade de fortalecer a resiliência dos países às mudanças climáticas está cada vez mais urgente.
- Perdas e danos: Os países mais vulneráveis estão buscando mecanismos para compensar as perdas e danos causados pelos eventos climáticos extremos.
- Mercado de carbono: As negociações sobre o artigo 6 do Acordo de Paris, que trata do mercado de carbono, continuarão na COP29.