Nesta quinta-feira, 7/11, a agência espacial Copernicus divulgou um boletim confirmando que um novo recorde foi batido: 2024 é oficialmente o ano mais quente já registrado. “A anomalia (oscilação fora da média) da temperatura para o resto de 2024 teria que cair para quase zero para que não fosse o ano mais quente”, diz o documento. As informações são do site Um Só Planeta.
Um marco alarmante será atingido ainda neste ano é que a temperatura global média ultrapassará 1,5°C em relação à era pré-industrial. Esse aumento, de acordo com o Copernicus, está diretamente ligado a eventos climáticos extremos como secas e inundações.
“Isso marca um novo marco nos registros de temperatura global e deve servir como um catalisador para aumentar a ambição para a próxima Conferência sobre Mudanças Climáticas, COP29″, explicou Samantha Burgess, diretora adjunta do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), citando a cúpula mundial do clima a ser realizada este mês no Azerbaijão.
A anomalia de temperatura global dos últimos 12 meses, estimada em 1,62°C acima da média pré-industrial, confirma a tendência de aquecimento global, segundo o Copernicus.
“Dado que 2023 foi 1,48°C acima do nível pré-industrial, é igualmente virtualmente certo que a temperatura anual para 2024 será mais de 1,5°C acima do nível pré-industrial, e provavelmente será mais de 1,55°C acima”, reiterou o boletim.
La Niña e as incertezas
As temperaturas dos oceanos continuam a preocupar. O mês de outubro registrou a segunda maior temperatura média da superfície do mar da história, com 20,68°C, segundo o Copernicus. Apesar de um leve resfriamento no Pacífico equatorial, as temperaturas globais dos oceanos se mantiveram em níveis recordes.
O gelo marinho do Ártico continua derretendo a um ritmo acelerado. Em outubro, a extensão do gelo atingiu o quarto menor valor já registrado, 19% abaixo da média. Na Antártida, a situação foi um pouco melhor, com uma perda de gelo de 8% em relação à média.