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Desmatamento cai 7% e degradação cresce 497% na Amazônia

Desmatamento cai 7% e degradação cresce 497% na AmazôniaImagem de satélite mostra área desmatada em MT, em maio de 2024. Foto: Imazon

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O desmatamento na Amazônia registrou, em 2024, queda pelo segundo ano consecutivo, após uma sequência de cinco anos com recordes negativos de destruição. De janeiro a dezembro, foram derrubados 3.739 km², 7% a menos do que no mesmo período de 2023, quando a devastação atingiu 4.030 km².

Já em relação 2022, quando a Amazônia teve 10.362 km² derrubados de janeiro a dezembro, a área desmatada em 2024 foi 65% menor. Apesar da queda significativa, o saldo de floresta perdida no ano passado representa mais de mil campos de futebol por dia. Os dados são do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do instituto de pesquisa Imazon, que monitora a região por imagens de satélite desde 2008.

Diferente do desmatamento, que é a remoção completa da vegetação, a degradação florestal causada pelo fogo e pela extração de madeira cresceu seis vezes na Amazônia em 2024. Foram degradados 36.379 km², 497% a mais do que em 2023, quando foram atingidos 6.092 km².

Mato Grosso ficou em terceiro lugar no ranking dos estados que mais desmataram a Amazônia em 2024, atrás do Pará e do Amazonas. O estado do centro-oeste desmatou 629 km² no período, 27% a menos do que no ano anterior. Também apresentaram queda no desmate outros cinco estados: Roraima, Rondônia, Maranhão, Tocantins e Amapá.

Em relação à degradação, Mato Grosso ficou em segundo, com 9.333 km², alta de 767% em relação ao ano anterior. O Pará, com 17.195 km² (421% a mais do que em 2023), ficou em primeiro e o Amazonas ocupou a terceira colocação, com 3.000 km² atingidos, 291% superior do que no ano anterior.