Em janeiro deste ano, a área agregada de desmatamento na Amazônia Legal foi de 167 quilômetros quadrados. O número representou uma redução de 61% em relação ao registrado no mesmo mês do ano passado, quando chegou a 430 quilômetros quadrados. Essa é a quarta menor marca para o mês na série histórica detectada pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real(Deter) desde 2015, quando o levantamento começou. Os dados preliminares foram divulgados nesta sexta-feira, 10/2, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Com uma área de 5 milhões de quilômetros quadrados, o que corresponde a 59% do território brasileiro, a Amazônia Legal é formada pelos estados do Acre, do Amapá, do Amazonas, do Mato Grosso, do Pará, de Rondônia, de Roraima, de Tocantins e parte do Maranhão.
De acordo com o levantamento, os Estados com maiores registros de desmatamento no bioma foram o Mato Grosso (69 km²), Pará (32 km²) e Roraima (31 km²), somando 79% do total de destruição em janeiro de 2023 na Amazônia Legal. Mato Grosso também encabeça a lista de municípios que mais desmataram , com três cidades: Porto dos Gaúchos, Querência e Tabaporã, com uma área de 33 km².
O que é o Deter?
Deter é um levantamento rápido de alertas de evidências de alteração da cobertura florestal na Amazônia, feito pelo INPE. Ele foi desenvolvido como um sistema de alerta para dar suporte à fiscalização e controle de desmatamento e da degradação florestal realizadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e demais órgãos ligados a esta temática.
Deter e Prodes: dois sistemas estratégicos
O Deter captura apenas parte das alterações ocorridas, devido à menor resolução das imagens/sensores utilizadas e também as restrições de cobertura de nuvens. Por isso, os dados podem ser revisados.
A base de referência para a medição do desmatamento no país é realizada pelo Projeto e Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), cuja base de dados é considerada mais confiável, com um nível de precisão próximo a 95%.
Fonte: Agência Brasil