Por André Garcia
Duas pessoas foram presas pela extração de madeira e arraste de toras sem autorização em Nova Maringá (367 km de Cuiabá). O município é considerado como ponto crítico no desmatamento à Amazônia Legal, tendo liderado a devastação na região em Mato Grosso no mês de junho.
Os dados são do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e mostram que somente no período foram derrubados 900 hectares de vegetação nativa.
Os flagrantes realizados em Nova Maringá fazem parte de ação da Operação Amazônia, deflagrada na última semana no Médio-Norte do Estado pela Polícia Militar de Mato Grosso (PM-MT) em parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT).
De acordo com a PM, o crime ambiental contava com um terceiro envolvido, que conseguiu fugir pela mata. Na ocasião também foram apreendidos 89 m³ de madeira extraída ilegalmente, três tratores utilizados para arraste das toras e três motosserras.
Os profissionais identificaram ainda o armazenamento de toras em esplanadas, indicando que o crime acontecia há alguns dias no local. Os tratores foram removidos com auxílio da Prefeitura de Nova Maringá, e a madeira doada ao Executivo municipal.
Ajuda de satélites
O flagrante foi possível pela utilização de imagens de satélite que informam o local exato da infração por meio de “alertas” de mudança de vegetação. O sistema monitora em tempo real todo o território de Mato Grosso.
Além disso, a quantificação da área atingida pela exploração seletiva em área de floresta será realizada posteriormente por meio de imagens de satélite, para subsidiar o cálculo da multa ambiental.
Operação Amazônia
A Sema destaca ter intensificado a fiscalização ambiental com a Operação Amazônia, lançada em março deste ano. Em julho, foram colocadas 24 equipes em campo ao mesmo tempo para combater o desmatamento ilegal, totalizando mais de 120 pessoas.
Quem se deparar com um crime ambiental deve denunciar por meio dos contatos: da Polícia Militar (190), ouvidoria da Sema (0800 065 3838) ou pelo novo WhatsApp para denúncias (65) 98153-0255.
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