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Economia de MS desponta com florestas plantadas

Economia de MS desponta com florestas plantadasSetor é alavancado por produção de celulose. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Por André Garcia

Com 1,4 milhão de hectares ocupados por florestas plantadas, Mato Grosso do Sul desponta como caso de sucesso no setor florestal brasileiro. Para se ter ideia, parte do crescimento de 6,6% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado em 2023 é resultado do desenvolvimento do setor florestal.

É o que informa a Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) ao ressaltar que, nos próximos anos, a área deve chegar a 2 milhões de hectares, um crescimento de 42,8%. A projeção é alavancada pela produção de celulose, que lidera as exportações locais.

Exemplo disso é que a construção de duas grandes fábricas de celulose colocou o estado na primeira colocação do ranking nacional de geração de empregos no setor, segundo o último relatório do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Entre admissões e demissões houve um saldo de 288 posições no mês de abril. Além disso, Mato Grosso do Sul está em 4º no ranking de estoque de empregos, critério que considera qualquer relação empregatícia mantida com o empregador durante o ano-base.

Em entrevista ao Portal Celulose, o presidente da Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore-MS), Júnior Ramires, afirmou que a expectativa de investimentos já anunciados deve garantir crescimento do setor por pelo menos os próximos 10 anos.

“As fábricas do Estado precisarão ser abastecidas, daí a gente deve atingir os 2 milhões de hectares nos próximos cinco ou sete anos”, destacou.

Setor em expansão

De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), um manejo florestal eficiente é capaz de promover o reflorestamento em áreas degradadas e a conservação da biodiversidade, uma vez que contribui para a preservação de nascentes, do solo e do clima, especialmente na transição para uma economia de baixo carbono.

Em todo o País, a expansão tem ocorrido em áreas previamente antropizadas, substituindo pastos de baixa produtividade por florestas cultivadas, conservando, simultaneamente, 6,7 milhões de hectares de mata nativa – o que equivale, por exemplo, ao território do estado do Rio de Janeiro.

A Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), informa que, em 2022, a área conservada da cadeia de árvores plantadas alcançou 6,73 milhões de hectares, abrangendo 4,75 milhões de hectares de Reserva Legal (RL) e 1,89 milhões de hectares de Áreas de Preservação Permanente (APP).

A média de excedente de área de proteção legal no setor é superior à exigida pelos órgãos responsáveis em, praticamente, todos os projetos. Neste contexto, a secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Mapa, Renata Miranda, reforçou o compromisso do Ministério com o avanço do setor.

“Os dados refletem o compromisso e a responsabilidade dos profissionais e entidades do setor florestal com a conservação do meio ambiente e a promoção da sustentabilidade.”

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