Nesta segunda-feira, 3/6, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) comunicou que o El Niño 2023/2024, responsável pelo aumento das temperaturas globais e das condições meteorológicas extremas na Terra, está dando sinais de acabar. O órgão disse em nota que é provável que haja um retorno ainda este ano às condições características do La Niña. As informações são da Agência Lusa.
Ao contrário do El Niño, a La Niña corresponde ao resfriamento das águas superficiais do oceano Pacífico, formando o que se chama “piscina de águas frias” no oceano, segundo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). O fenômeno também é responsável fortes mudanças na dinâmica geral da atmosfera, alternando o comportamento climático. A La Niña alcança máxima no final de cada ano e dissipa-se, na maioria dos casos, em meados do ano seguinte.
A OMM informou que os efeitos de cada evento do La Niña variam conforme a intensidade, duração, época do ano em que se desenvolvem e a interação com outras variáveis climáticas.
A agência revelou que o padrão climático cíclico El Niño Oscilação Sul – que inclui os fenômenos opostos El Niño e La Niña – ocorre agora no contexto das alterações climáticas provocadas pelas atividades humanas, que “estão aumentando as temperaturas globais, agravando as condições meteorológicas e climáticas extremas e afetando os padrões sazonais de chuva e temperatura”.
A OMM previu a persistência de temperaturas acima do normal em quase todas as áreas terrestres e precipitação acima do normal no extremo norte da América do Sul, na América Central, no Nordeste africano, na região do Sahel e em áreas do Sudoeste asiático.