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Estado que mais queima no Brasil, MT perdeu 5,5 milhões de ha

Estado que mais queima no Brasil, MT perdeu 5,5 milhões de haMudanças climáticas agravaram cenário. Foto: Reprodução/MMA

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Por André Garcia

Mais da metade dos 22,38 milhões de hectares destruídos pelo fogo no Brasil está concentrada em apenas três estados: Mato Grosso, Pará e Tocantins. Juntos, eles respondem por 56% da área queimada entre janeiro e setembro de 2024, segundo levantamento divulgado pelo MapBiomas nesta sexta-feira 11/10.

No período, Mato Grosso perdeu sozinho 5,5 milhões de hectares, ou 25 % do total registrado no País. Em setembro, mês historicamente marcado pela seca e pelo avanço do fogo, a situação chegou ao ápice e a área atingida foi de 3.1 milhões de hectares, cerca de 60% a mais do que o total registrado ao longo de todo ano.

Ocupando segundo e terceiro lugares no ranking das queimadas, Pará e Tocantins perderam  respectivamente 4,6 milhões e 2,6 milhões de hectares de vegetação em nove meses. Considerando apenas o mês de setembro, a área atingida foi de 2.9 milhões de hectares e 1.3 milhão de hectares.

Crédito: MapBiomas

Ranking dos municípios

Sob efeito das mudanças climáticas, a seca de 2024 é uma das mais extensas e severas já registradas em diversas regiões do Brasil, o que agravou o cenário das queimadas. Em Mato Grosso, somente na quinta-feira, 10/10, mil profissionais do Corpo de Bombeiros Militar (CBMMT) combatiam 21 incêndios florestais por todo o Estado.

Crédito: MapBiomas

Entre os municípios mato-grossenses, os mais afetados no mês passado foram Cocalinho (181.647 há), Peixoto de Azevedo, (175.288 ha) e Ribeirão Cascalheira (173.162 ha). Desde o início do período proibitivo de uso do fogo, o Corpo de Bombeiros extinguiu mais de 252 incêndios florestais em 70 cidades.

Focos de calor

Entre quarta e quinta-feira, foram registrados 418 focos de calor nas últimas 24 horas, conforme última checagem às 17h, no Programa BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Desses, 292 se concentram na Amazônia, 68 no Pantanal e 58 no Cerrado. Os dados são do Satélite de Referência (Aqua Tarde).

A estiagem severa e a baixa umidade do ar, agravadas pelas mudanças climáticas, têm contribuído para a propagação das chamas. Diante disso, o CBMMT reforçou o pedido de que a população colabore e respeite o período proibitivo. A qualquer indício de incêndio, a orientação é denunciar pelos números 193 ou 190.

 

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