Nos dias 4, 5 e 6 os povos amazônidas terão oportunidade de debater, em Belém, no Pará, os desafios e as potencialidades da região que abriga a maior floresta tropical do planeta. O evento coordenado pela Secretaria-Geral da Presidência da República em parceria com o Ministério das Relações Exteriores terá cinco plenárias-síntese para 3 mil pessoas cada.
Os resultados dos debates de cada plenária servirão como base para a produção de cinco relatórios que serão entregues aos presidentes dos países amazônicos presentes à Cúpula da Amazônia, que acontece nos dias 8 e 9 de agosto, também na capital paraense e reunirá representantes de Brasil, Bolívia, Colômbia, Guiana, Peru, Venezuela, Equador e Suriname.
Os oito países integram a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), uma organização intergovernamental que forma o único bloco socioambiental da América Latina.
“Os Diálogos Amazônicos são um processo extremamente rico de debate. São os movimentos sociais de todos os países amazônicos, mais o Brasil, colocando seu olhar sobre os problemas, sobre as potencialidades e sobre as possibilidades da floresta amazônica. E nesse processo de interação com a cúpula dos países”, explicou Márcio Macêdo, ministro da Secretaria-Geral da Presidência.
De acordo com ele, o que será feito nos Diálogos Amazônicos será apresentado na Cúpula para os chefes de Estado.
“Eu acho que temas como a mudança do clima, como os povos indígenas da Amazônia e uma necessidade de um projeto de inclusão para a região, esse processo de debate acerca da agroecologia e dos trabalhadores que sobrevivem da floresta, a necessidade do combate ao garimpo ilegal. Eu acho que esses temas são temas que têm necessidade de serem debatidos e que com certeza ganharão protagonismo nesse processo. , disse ele.
Os Diálogos Amazônicos devem reunir cerca de 10 mil pessoas durante os três dias do evento no Hangar Centro de Convenções e Feiras, na capital do Pará.
Nos três dias do evento, serão discutidos desde temas como a proteção dos territórios, dos povos das florestas e das águas no desenvolvimento sustentável da Amazônia a erradicação do trabalho escravo, passando por como pensar a região a partir da ciência, tecnologia, inovação, além de agroecologia, manejo sustentável, entre outros modelos de produção de boas práticas agrícolas.
“Estamos certos de que a iniciativa brasileira de ouvir os anseios dos povos da floresta é um marco histórico e a partir dele, teremos uma nova fase de desenvolvimento para a Amazônia. Um desenvolvimento que atenda aos anseios dos povos que habitam a floresta, quer na beira dos rios, nas aldeias, nas cidades, em cada canto da região”, disse o ministro Márcio Macêdo.