Por André Garcia
Em sete meses, o fogo consumiu 907.150 hectares do Pantanal, ou 6% de sua totalidade, segundo a última atualização do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), divulgada nesta terça-feira, 30/7. O mês termina com a semana mais crítica para o bioma, que de 22 a 28 de julho registrou incremento de 67.675 de hectares na área queimada.
Isso representa uma alta de 310% em relação à semana anterior, de 15 a 21 de julho, o que aumenta a apreensão para o mês de agosto, já que, historicamente, é a partir de agora que os focos de calor tendem a se multiplicar. Em 2020, ano de recordes nos incêndios florestais na região, o índice saltou de 5.935 em julho para 8.106 em agosto.
A chance de que isso aconteça é ainda maior se considerado o mapa de risco publicado pelo MMA, que mostra que a quase totalidade do território pantaneiro estará exposta a risco extremo de fogo entre 29 de julho e 3 de agosto.
Crédito: MMA
Neste momento, o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul concentra esforços nas regiões da Nhecolândia, Porto da Manga, Rabicho e Maracangalha. Além disso, é feito o monitoramento de uma área na fronteira da Bolívia com o Brasil. Segundo o Governo Estadual, a probabilidade de que as chamas alcancem o território brasileiro é baixa.
O grande foco atual de trabalho é o incêndio na região da Nhecolândia, que começou com um caminhão que pegou fogo. Esta semana os combates estão sendo bastante intensos. A região é muito sensível, tem muitas fazendas e também pelo fato de estar próximo do Parque Estadual do Rio Negro”, explica o coronel Adriano Rampazo, subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros e chefe das operações de combate a incêndio.
Do lado mato-grossense, os profissionais lutam contra quatro incêndios nas regiões de Porto do Triunfo, de Poconé, de Porto Conceição e na divisa do estado com a Bolívia, em Cáceres. Há ainda um incêndio no Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense (Parna Pantanal), combatido por brigadistas do ICMBio e do Ibama.
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