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Frigoríficos brasileiros emitem mais metano que vários países

Frigoríficos brasileiros emitem mais metano que vários paísesRelatório analisa emissões de 15 empresas de carne do mundo. Foto: Secom-MT

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Emissões de metano de 15 das maiores empresas de carne bovina e laticínio do mundo, com as brasileiras JBS e Marfrig no topo do ranking, somam quase 13 milhões de toneladas anuais, o equivalente a 80% das emissões desse gás de efeito estufa da União Europeia e superior às emissões de países inteiros, como Rússia, Alemanha, Canadá ou Austrália.

A estimativa é do um relatório “Emissões impossível: Como a indústria de carne e laticínios está aquecendo o planeta”, publicado pelo Institute for Agriculture and Trade Policy (IATP) e a Changing Markets Foundation. O documento sintetiza o impacto da indústria da carne e dos laticínios sobre as emissões globais de metano.

Só a JBS é responsável por cerca de 44% das emissões totais. O montante de metano liberado pela empresa é maior que a soma das emissões de gado da França, Alemanha, Canadá e Nova Zelândia, além de representar 55% das emissões de gado dos EUA.

Quanto à Marfrig, a segunda maior produtora de carne bovina do mundo, o documento aponta que as emissões de metano da empresa estão no mesmo nível das provenientes da pecuária na Austrália.

No geral, as 15 empresas analisadas pelo estudo totalizam 734 milhões de toneladas de CO2e, quase o mesmo volume de GEE emitido pela Alemanha, quarta maior economia do mundo (excluindo as emissões por uso da terra).

O relatório pede uma legislação urgente e ambiciosa para lidar com os impactos climáticos significativos das corporações globais de carne e laticínios e que os governos apoiem uma transição justa para a transformação da pecuária industrial em direção à agroecologia.