Na data em que se celebra o Dia da Amazônia, 5/9, uma “nuvem” de fumaça provocada pelas queimadas se espalhou pelo Norte do Brasil e por países vizinhos. De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a fumaça atingia cinco milhões de km².
De acordo com o G1, graças a uma imagem capturada por satélite, na tarde de segunda-feira, 5/9, é possível ver o impacto da dispersão dos poluentes no Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima, Mato Grosso e Pará.
Não é para menos, desde o começo do ano até domingo (4), Amazônia teve 58 mil focos de queimadas, total que representa 20% a mais do que o registrado no mesmo período do ano anterior.
Dados que ainda serão contabilizados na série histórica mostravam que havia 2.706 focos, na tarde segunda-feira, sendo 913 (34%) no Amazonas, 725 (27%) no Mato Grosso, 638 (24%) em Rondônia, 227 (8%) no Acre, 197 (7%) no Pará e 6 (0,2%) no Maranhão.
Poluição causada pela fumaça em registro de sábado, 3 de setembro de 2022 — Foto: Inpe
Queimadas na divisa de Mato Grosso com Pará
No Pará, em apenas quatro dias foram registradas 27% mais queimadas do que em todo o mês de setembro de 2021. No ano passado, foram 3.828 focos no mês no Pará. Até domingo, dia 4/9, os satélites do Inpe registraram 4.889 pontos de fogo na floresta.
A região atingida pelo fogo fica na divisa do Pará com o Mato Grosso, cerca de 100 km da cidade de Paranaita (MT) às margens do Rio São Benedito, na bacia hidrográfica dos rios Teles Pires e Tapajós.