Por André Garcia
O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMT) intensificou as ações de combate ao incêndio que atinge a região do Manso, nas proximidades da rodovia MT-351, entre Cuiabá e Chapada dos Guimarães. Embora parte do fogo tenha sido controlada, ainda há ameaça de que chegue ao Parque Nacional de Chapada dos Guimarães.
“Se o fogo pular pro parque digamos assim, o próprio acesso vai ficar muito dificultoso, muito difícil de entrar lá, não tem estradas, o próprio terreno ele é bem estão acidentados”, explicou o chefe das operações do Bombeiros, Max Semoto, ao “Jornal Nacional”, da TV Globo.
Este é o décimo dia em que as chamas consomem a área de Cerrado. De acordo com a corporação, o fogo, que teve início na terça-feira, 23/8, já foi abrandado na região norte, próximo à Usina Hidrelétrica de Manso.
Já na região sul, sentido Cuiabá, o trabalho ganhou reforço com apoio de duas aeronaves da Defesa Civil do Estado. Além disso, há 91 servidores atuando na localidade, entre bombeiros militares, brigadistas e servidores da Defesa Civil.
“Com as aeronaves, a gente realiza o lançamento de água nesse incêndio e a equipe terrestre do Corpo de Bombeiros faz o combate com a bomba costal com os abafadores. É uma área montanhosa também, que está dificultando o acesso aos focos deste incêndio da equipe terrestre”, disse o superintendente da Defesa Civil, Luís Cláudio Pereira Cruz também ao JN.
As ações no local são monitoradas via satélite pelo Batalhão de Emergências Ambientais, em Cuiabá, que orienta as equipes em campo.
O CBMT também informou que ainda não é possível quantificar o espaço atingido ou apontar as causas do incêndio.
Além do combate ao fogo, os bombeiros também realizam ações de fiscalização e notificação de moradores próximos à região atingida pelo incêndio, com o objetivo de evitar o contrafogo, técnica que pode contribuir para a propagação das chamas caso não seja executada de maneira correta
Vale destacar que Mato Grosso tem o maior número de focos de calor no país, mais de 15 mil até agora, quase a metade registrada no mês de agosto. Na região de Floresta Amazônica, o fogo ameaça fazendas e aldeias. No nordeste do Estado e no Xingu, brigadistas indígenas reforçam o combate aos incêndios.
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