A explosão do número de focos de incêndios no Pantanal levou o Brasil à liderança no ranking de queimadas na América do Sul, segundo dados do Programa de BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Foram 7.214 focos de incênios entre 1º a 19 de junho.
O segundo colocado, o Paraguai, teve três vezes menos registros que o Brasil: 2.334 focos de incêndio, nestes 20 dias.
No mesmo período, os focos de incêndio no Pantanal cresceram 2.951% , em comparação com o mesmo período de 2023. O bioma foi o mais afetado pelas queimadas, segundo o MapBiomas.
Normalmente a temporada de queimadas é registrada entre julho e outubro, mas neste ano, grandes incêndios vêm ocorrendo desde janeiro, tendo piorado em maio. E essa tendência só tende a aumentar, como os números comprovam.
Isso é explicado, em parte, por uma seca severa que assola o bioma desde dezembro de 2023, somada ás altas temperaturas e à baixa umidade relativa do ar.
“Pela primeira vez estamos com o Pantanal completamente seco no primeiro semestre. O Ibama já contratou mais de 2 mil brigadistas para atuar em todo o país, com foco inicial no Pantanal e na Amazônia, e vamos fazer tudo o que for necessário. As crises climáticas são eventos cada vez mais extremos”, afirmou o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, em nota ao G1