HomeEcologia

Indígenas pedem inclusão de Cerrado em regulação europeia

Indígenas pedem inclusão de Cerrado em regulação europeiaCerrado tem sofrido com desmatamento. Foto: Agência Brasil

Crise climática destrói alimentos e aumenta consumo de industrializados
Mato Grosso teve 1 mihão de hectares queimados de janeiro a agosto
Área queimada aumentou 410% em fevereiro, aponta Monitor do Fogo

Uma missão liderada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e pela Rede Cerrado está na Europa desde o último domingo, 10, para defender a inclusão dos ecossistemas não florestais na Regulação contra o Desmatamento da União Europeia (EUDR). A regulação busca impedir a importação de commodities que tenham relação com o desmatamento.

O coordenador executivo da Apib e advogado da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme), Dinamam Tuxá, liderança indígena do povo Tuxá, explica que, atualmente, a EUDR reconhece o desmatamento apenas como a conversão de florestas, o que exclui de seu escopo vastas extensões de paisagens naturais, como savanas e campos.

“Eles têm foco em floresta, porque adotaram o conceito de floresta da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) que está mais centralizado na Amazônia brasileira, excluindo outros biomas brasileiros. E nós queremos que seja incluído o Cerrado neste momento em que a regulação está na primeira revisão”, disse à Agência Brasil.

Dinamam Tuxá afirmou, entretanto, que em outros processos de revisão da EUDR, a ideia é que sejam incluídos todos os biomas brasileiros. De acordo com a Apib, a exclusão dos demais biomas representa uma contradição em relação aos objetivos da regulação, porque a maior parte do desmatamento associado à produção de ‘commodities’ destinadas ao mercado europeu ocorre em áreas não florestais, principalmente no Cerrado brasileiro.

Fonte: Agência Brasil

LEIA MAIS:

Desmatamento no Cerrado pode chegar a 12 mil km² neste ano

Ofuscado pela Amazônia, Cerrado se torna “zona de sacrifício”