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Maioria dos sinais vitais do planeta atingiu extremos históricos

Maioria dos sinais vitais do planeta atingiu extremos históricosExtremos, como alagamentos, foram observados. Foto: Bruno Peres/ Agência Brasil

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O relatório sobre o estado do clima de 2024, publicado na BioScience, conclui que a Terra enfrenta uma nova fase crítica da crise climática. Os indicadores vitais do planeta demonstram um agravamento da situação. As informações são do site Um Só Planeta.

De acordo com o autor William Ripple, professor da Faculdade de Silvicultura da OSU, em comunicado, dos 35 sinais vitais planetários monitorados anualmente, 25 estão em extremos recordes.

“Uma grande parte do próprio tecido da vida em nosso planeta está em perigo. O excesso ecológico, tomando mais do que a Terra pode dar com segurança, empurrou o planeta para condições climáticas mais ameaçadoras do que qualquer coisa testemunhada até mesmo por nossos parentes pré-históricos”, disse.

O professor destacou que estamos no meio de “uma abrupta reviravolta climática, que coloca em risco a vida na Terra como nada que os humanos já tenham visto”.

Os três dias mais quentes já registrados ocorreram em julho de 2024, segundo o relatório. Paralelamente, as emissões de combustíveis fósseis, a população humana e a população de ruminantes atingiram níveis recordes.

O consumo anual de combustíveis fósseis cresceu 1,5% em 2023, impulsionado principalmente pelo aumento no uso de carvão (1,6%) e petróleo (2,5%).

A população humana cresce a uma taxa de cerca de 200 mil pessoas por dia, enquanto a população de ruminantes aumenta em cerca de 170 mil por dia.

Outros dados divulgado foram que a perda anual de cobertura arbórea global aumentou de 22,8 milhões de hectares em 2022 para 28,3 milhões em 2023.

“A taxa de crescimento das emissões de metano tem acelerado, o que é extremamente preocupante. O óxido nitroso, que é potente e duradouro, também está em um recorde alto”, observou o também autor Christopher Wolf, cientista da Terrestrial Ecosystems Research Associates (TERA).

O relatório indica que a temperatura média global, a acidez e o calor dos oceanos, o nível do mar e a massa de gelo da Groenlândia e da Antártida atingiram níveis máximos históricos. Além disso, foram identificados 28 ciclos de feedback amplificador das mudanças climáticas.

Diante da gravidade da situação, os pesquisadores defendem a adoção urgente de medidas como a implementação de um preço global sobre as emissões de carbono, a promoção de energias renováveis e a redução de gases de efeito estufa, incluindo o metano.