Entre os dez Estados com mais focos de queimadas detectados pelos satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de janeiro até 20 de julho, Mato Grosso segue liderando o ranking, mesma posição da última medição feita pelo Programa Queimadas do Inpe, no mês passado.
Com 7.859 focos de incêndios, nosso Estado é ainda o que concentra a maior parte dos municípios (6) com altos números de queimadas detectados desde o início do ano. São eles:
- Corumbá (MS), com 483 focos
- Feliz Natal (MT), com 482
- Nova Ubiratã (MT), com 480
- Formoso do Araguia (TO), com 414
- Lagoa da Confusão (TO), com 412
- União do Sul (MT), com 392
- Nova Maringá (MT), com 390
- Tangará da Serra (MT), com 364
- Fernando Falcão (MA), com 332
- Marcelândia (MT), com 319
Conforme o Gigante 163 mostrou, o segundo e terceiro colocados, Feliz Natal e Nova Ubiratã, sequer contam com unidades permanentes do Corpo de Bombeiros. Em ambos os casos, há apenas brigadas temporárias para lidar com focos de incêndios, que cada vez são em maior número, e as autoridades não tomam providência.
De acordo com o Inpe, no Cerrado e na Amazônia, os focos de incêndios já são maiores do que os detectados no mesmo período do ano passado. De 1º até o dia 20 de julho, a plataforma havia revelado 4.252 e 2.023 focos de queimadas em ambos os biomas, respectivamente.
É recorde atrás de recorde sendo batido, como mostram os números, cada vez mais alarmantes, desde o início do ano: foram 15.121 focos de incêndios no Cerrado e 9.556 na Amazônia. No acumulado do ano, o número de queimadas no Cerrado é quase três vezes maior que na Mata Atlântica, onde foram detectados 3.303 focos. Já em relação à Amazônia o número equivale ao dobro.
Se considerado apenas o mês de julho (até o dia 20), Maranhão (1.412 focos), Tocantins (1.145), Mato Grosso (1.019), Pará (653), Minas Gerais (546) e Goiás (349) lideram o ranking de Estados com mais focos de incêndios.
Com a chegada do período mais seco, os altos números preocupam nos Estados que compõem a Amazônia Legal (Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Pará e Amazonas, principalmente), nos quais as ocorrências de queimadas estão frequentemente associadas à devastação das florestas e à posterior grilagem de terras, assim como ao avanço sobre áreas protegidas e terras públicas.
Fonte: Inpe