HomeEcologiaEconomia

MS aposta em estratégia sustentável para agregar valor à carne suína

MS aposta em estratégia sustentável para agregar valor à carne suínaEstratégia está alinhada à proposta de carbono zero. Foto: Agência Brasil

Tecnologia e diversificação são chave para MT liderar mercado de carbono
Presidente da Natura alerta sobre isolamento de empresas sem agenda carbono zero
Saiba as vantagens da agricultura de baixo carbono, destaque do Plano Safra

O Governo de Mato Grosso do Sul vai apostar na economia circular, na geração de energia limpa e na utilização de biofertilizantes para agregar valor à carne suína. Para tanto, na segunda-feira, 20/11, foi lançado o Programa ASUMAS (Associação Sul-matogrossense de Suinocultores), que também propõe a comunicação empresarial e a transferência de tecnologias para o avanço do setor.

De acordo com o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, o programa está alinhado a estratégia estadual de zerar as emissões de carbono até 2030.

“É o que queremos para o Estado. Que este produto final da suinocultura de MS consiga agregar vaalor com sustentabilidade, o mercado reconheça que esta carne tem que ter remuneração diferenciada”, disse.

Atualmente a suinocultura estadual conta com mais de 110 mil matrizes em produção. O Estado é hoje o 6º no ranking brasileiro de abates com mais de 2,7 milhões de cabeças e produção de 247 mil toneladas de carne em 2022. São 126 empresas atuando no setor com geração de 16 mil empregos, e mais de R$ 16 bilhões de movimentação de produção.

Segundo a Semadesc, neste ano o Estado já repassou mais de R$ 50 milhões em incentivos aos suinocultores estaduais que investem na adoção de novas tecnologias e projetos de pesquisa.

Eixos temáticos

O programa foi estruturado em seis eixos temáticos: energético, biosseguridade, agrícola, agregação de valor, ambiental, social e econômico, comunicação empresarial e transferência de tecnologia.

No primeiro eixo, o objetivo é maximizar a produção de variadas formas de energia, seja a partir dos dejetos gerados na atividade suinícola ou a partir do uso das instalações, com ênfase na produção de biogás e purificação. Já no segundo, a meta é atualizar os protocolos e ampliar a adesão.

O terceiro, o eixo agrícola, busca otimizar o uso de dejetos suínos como fertilizante para diferentes culturas agrícolas, enquanto o quarto item, relacionado à agregação de valor, diz respeito à intenção de monetizar subprodutos da atividade suinícola como via produção de fertilizantes especiais, comercialização de energia e de créditos no mercado de carbono.

Já o quinto item, considerado transversal a todos os demais, por estar ligado ao ambiental, econômico e social, buscará avaliar o desempenho desses critérios nas propriedades. Da mesma forma, a comunicação empresarial e transferência de tecnologias, diz respeito à divulgação do PAS e de suas atividades. Este último tópico compreende ainda a transferência de tecnologias e o fornecimento de informações  que subsidiem a criação de políticas públicas.

Para o desenvolvimento do Programa, a Asumas contou com a contribuição direta da Embrapa Agropecuária Oeste, e todo os princípios foram alinhados com a Semadesc, Sistema Famasul, Universidade da Grande Dourados (UFGD) e instituições do Sistema S, como Senar/MS, Senai e Sebrae.

LEIA MAIS: