HomeEcologia

MT responde por 39% do desmate na Amazônia

MT responde por 39% do desmate na AmazôniaMT concentra seis dos 10 municípios que mais desmataram. Foto: Polícia Federal

Presidente defende política ambiental do país na Assembleia-Geral da ONU
COP28: Brasil apresenta projeto para recuperação de pastagens
Destruição ambiental ameaça espécie de macaco exclusiva de MT

Por André Garcia

Mato Grosso liderou o desmatamento na Amazônia em março de 2025, respondendo por 39% dos 167 km² destruídos no bioma. Foram 65 km² derrubados em apenas um mês, segundo levantamento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), divulgado nesta sexta-feira, 25/4.

De acordo com os dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), o Amazonas está em segundo lugar, com 39 km² (23%), e o Pará está em terceiro, com 29 km² (17%). Ou seja: apenas esses três estados concentraram 80% de toda a destruição registrada na Amazônia no mês.

Entre os 10 municípios que mais desmataram, sei estão em Mato Grosso: Colniza, Nova Maringá, Aripuanã, Nova Mutum, Cotriguaçu e Itaúba, o que mostra uma pressão crescente sobre a floresta no noroeste mato-grossense.

Crédito: Imazon

Desmatamento aumenta 18% de agosto a março na Amazônia

As áreas desmatadas da Amazônia tiveram um aumento de 18% nos primeiros oito meses do chamado “calendário do desmatamento”, período que por causa do regime de chuvas no bioma vai de agosto de um ano a julho do ano seguinte.

Conforme dados do monitoramento por imagens de satélite do instituto de pesquisa Imazon, a derrubada passou de 1.948 km² entre agosto de 2023 e março de 2024 para 2.296 km² entre agosto de 2024 e março de 2025. Uma área maior do que Palmas, a capital do Tocantins.

Degradação cai, mas calendário segue em alta

Já a degradação florestal, ocasionada pelas queimadas e extração madeireira, atingiu em março deste ano 206 km², uma redução de 90% em relação ao mesmo mês do ano passado, que havia registrado o maior índice da série histórica para o período, de 2.120 km².

Porém, considerando o calendário de desmatamento acumulado de agosto a março, houve um aumento de 329% na degradação florestal, que passou de 7.925 km² de agosto de 2023 a março de 2024 para 34.013 km² de agosto de 2024 a março de 2025.

Isso se dá principalmente por causa das grandes áreas atingidas por queimadas nos meses de setembro e outubro de 2024. Por causa desses incêndios, a degradação florestal entre agosto de 2024 e março de 2025 também foi a maior da série histórica, que iniciou em 2008.

Entre os estados, o Pará foi o responsável por 91% da degradação registrada em março, de 188 km². Maranhão ficou em segundo lugar, com 9 km² (4 km²), e Roraima em terceiro, com 8 km² (4%). O restante ocorreu em Mato Grosso, 1 km² (1%).

 

LEIA MAIS:

Desmatamento impede geração de energia para 1,5 milhão de pessoas

Justiça determina indenização por desmatamento em MT

Documento aponta 12 medidas para erradicar desmatamento no Brasil

Ibama apreende 72 toneladas de soja em operação contra desmatamento ilegal

Líder em destruição, MT concentra 45% do desmatamento na Amazônia

Desmatamento cai 7% e degradação cresce 497% na Amazônia

Projeto que amplia desmatamento no Cerrado avança na ALMT

IA projeta alta do desmatamento na Amazônia em 2025