A Noruega está pronta para retomar os pagamentos ao Brasil para prevenção do desmatamento na Amazônia se houver mudança de governo nas eleições de outubro, como sugerem pesquisas de opinião, disse o ministro do Meio Ambiente e Clima do país nórdico.
As informações publicadas na quarta-feira, 22/6, pela Folha são da Reuters.
As taxas de desmatamento diminuíram entre 2008 e 2018, período em que a Noruega pagou US$ 1,2 bilhão (R$ 6,18 bilhões) ao Fundo Amazônia, que tem o objetivo de prevenir, monitorar e combater o desmatamento
Segundo o portal Deutsche Welle, a Noruega é, de longe, o maior doador, seguido pela Alemanha. O fundo tem hoje cerca de R$ 3 bilhões não utilizados, segundo organizações não-governamentais.
A Noruega suspendeu os repasses em agosto de 2019, após o governo Jair Bolsonaro extinguir unilateralmente dois comitês que eram responsáveis pela gestão do fundo, rompendo o acordo entre os países que definia as regras do projeto, afirma o Deutsche Welle.
“Se for como mostram as pesquisas e houver uma mudança [de governo] no Brasil, temos grandes esperanças de que possamos retomar rapidamente uma parceria boa e ativa”, disse em entrevista à Reuters o ministro do Clima e Meio Ambiente da Noruega, Espen Barth Eide, sobre as pesquisas eleitorais do próximo pleito, que colocam o ex-presidente Lula com vantagem sobre Bolsonaro.
De acordo com a Reuters, o Ministério do Meio Ambiente do Brasil não respondeu imediatamente a um pedido de comentário nesta quarta-feira, 22/6.