Mato Grosso tem se posicionado no terceiro lugar dos Estados da Amazônia Legal que mais destroem seu ganha-pão, ou seja, o meio ambiente, conforme você lê aqui. Mas o que perde junto à cobertura vegetal?
Perda do ciclo hidrológico – O desmatamento reduz os serviços hidrológicos providenciados pelas árvores, que são fundamentais. No Brasil, uma parte do vapor d’água que emana das florestas é transportada pelo vento até as regiões do Centro-Sul, onde está localizada a maior parte da atividade agrícola do País. Se mesmo uma pequena fração do valor da colheita agrícola anual do Brasil depender de chuvas originárias do vapor d’água da Amazônia, a falta de chuvas traria prejuízos consideráveis para o País.
Quando a redução das chuvas se soma à variabilidade natural que caracteriza a pluviosidade da região, a seca resultante pode provocar grande impacto ambiental. Já se verificam incêndios nas áreas que sofrem perturbações decorrentes da extração madeireira.
Modificação do clima mundial – É reduzida a capacidade da floresta de absorver o gás carbônico (CO2) poluidor. Ao mesmo tempo, existe uma presença maior de CO2 liberado com a queima de árvores, que aprisiona calor na atmosfera. Isso tornaria mais difícil limitar o aquecimento global.
Degradação do habitat – As novas rodovias, que permitem que pessoas e madeireiros alcancem o coração da Bacia Amazônica, têm provocado uma fragmentação geral na floresta úmida tropical.
A estrutura e a composição das espécies sofrem o efeito dessa fragmentação da paisagem e o mesmo acontece com o microclima. Tais fragmentos paisagísticos são mais vulneráveis às secas e aos incêndios florestais – alterações que afetam negativamente uma grande variedade de espécies animais.
Impactos sociais – Com a redução das florestas, as pessoas têm menos possibilidade de usufruir os benefícios dos recursos naturais que esses ecossistemas oferecem.Isso se traduz em mais pobreza e, em alguns casos, essas pessoas podem ter necessidade de se mudar de lugar e procurar outras áreas para garantir seu sustento.