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Operação do Ibama mira refúgio de garimpeiros ilegais em MT

Operação do Ibama mira refúgio de garimpeiros ilegais em MTO garimpo na Terra Indígena Sararé. Foto: Ibama

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O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) iniciou na segunda-feira, 25/9, uma operação de desintrusão – retirada de quem não é originário de área legalmente demarcada como indígena para remover garimpeiros que ocupam a Terra Indígena Sararé, em Mato Grosso.

De acordo com a Folha de S. Paulo, nos dois primeiros dias da operação, 14 escavadeiras hidráulicas e uma balsa utilizada por garimpeiros foram destruídas. Em uma ação anterior realizada em julho, mais de 20 escavadeiras já haviam sido desabilitadas. Essas ações visam combater atividades ilegais de garimpo em territórios indígenas.

A Terra Indígena Sararé é a segunda região com mais alertas para exploração ilegal do solo em todo o Brasil. Mas não está incluída no grupo de territórios considerados prioritários para operações do governo federal, de acordo com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Para os envolvidos na operação, a região virou refúgio para garimpeiros expulsos de outros territórios pelas ações de repressão do Ibama, da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e de forças de segurança como Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional.

De acordo com dados da plataforma Brasil Mai, compilados pelo Ibama, entre janeiro e setembro de 2022 foram registrados 150 alertas de garimpo ilegal na TI Sararé, contra 1.104 no mesmo período deste ano, um aumento de 636%.

“Esse aumento dos alertas de garimpo na TI Sararé pode ser explicado pela intensificação da atuação do Ibama nas demais áreas de garimpo, como na TI Yanomami e região do Tapajós, forçando a migração da atividade garimpeira para áreas que estavam fora do foco da fiscalização”, afirmou o Ibama, em nota ao jornal.