De acordo com o balanço da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), na semana passada, 2022 foi marcado pelo avanço da energia renovável produzida no Brasil. O País ultrapassou o marco de 92% de participação de usinas hidrelétricas, solares, eólica e de biomassa no total gerado pelo Sistema Interligado Nacional (SIN), o maior percentual dos últimos 10 anos.
No total, em 2022, foram gerados quase 62 mil megawatts médios por mês de energia. O número é o reflexo do cenário hídrico climático que contribuiu de modo favorável para a recuperação dos reservatórios de água, além da expansão das usinas movidas pelo sol e pelo vento.
“Este é o resultado de uma matriz energética diversificada, característica que nos coloca à frente de quase todos os outros países. Além de ser um ganho imensurável para o meio ambiente, essa característica nos traz uma série de oportunidades em novos mercados, como o de créditos de carbono e de hidrogênio renovável, que vão gerar benefícios para a sociedade nos próximos anos”, explicou Rui Altieri, presidente do Conselho de Administração da CCEE.
Fontes de geração de energia
A geração solar centralizada teve o maior aumento de geração em 2022, de 64,3% na comparação com o ano anterior. Com relação à geração hidráulica houve a reversão o cenário crítico de 2021. No ano passado, as chuvas contribuíram para aumento de 17,1% na produção das hidrelétricas e deixaram o país em uma situação muito mais confortável para 2023. A geração eólica cresceu 12,6% no comparativo anual. Já a produção de energia a partir da biomassa, que tem como principal matéria-prima o bagaço da cana-de-açúcar, registrou um leve aumento de 0,3%.
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Fonte: Câmara de Comercialização de Energia Elétrica