Quase 4 milhões de hectares do Pantanal foram consumidos pelo fogo há três anos. O bioma foi se restabelecendo graças a iniciativas como o Projeto do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), que entrou em fase de finalização do plantio de milhares de mudas na região da Serra do Amolar (MS). A ideia é recuperar as áreas atingidas pelos incêndios. As informações são do G1.
O projeto “Mitigação dos efeitos dos incêndios de 2020 e prevenção contra novos incêndios na Serra do Amolar” teve o plantio de novas mudas iniciado em 2022. Estão sendo recuperados, no total, 30 hectares na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Acurizal. Em 15 hectares serão plantadas 25 mil mudas, e nos outros 15, a recuperação será por meio de regeneração natural.
Todas as mudas de plantas como angico, ipê roxo, ipê branco, paratudo, manduvi, jacarandá, aroeira, cambará foram produzidas no viveiro da RPPN Acurizal e no Instituto das Águas da Serra da Bodoquena (IASB).
Quase 70% das áreas de proteção viraram cinzas na Serra do Amolar. A primeira fase do projeto, que era o plantio foi finalizada. Agora, os brigadistas vão acompanhar as áreas reflorestadas durante 15 meses.
“As formigas são um fator a mais de preocupação nas áreas com esse ambiente degradado. A primeira vez que a gente coloca uma muda lá nova, elas vão atrás de alimento, acabam cortando essas mudas. A gente só precisa controlar nesse período inicial em que as mudas ainda não tiveram pegamento de raiz, ainda têm poucas folhas, folhas jovens. A partir do momento que essas mudas têm folhas suficiente para fazerem fotossíntese, está tudo bem”, explicou a bióloga da instituição, Luciana Zequim.
Biodiversidade
A Serra do Amolar é classificada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) como uma área de conservação de biodiversidade de prioridade extremamente alta. A Unesco denomina essa região como Reserva da Biosfera Mundial. Desde 2000, considera o Complexo de Áreas Protegidas do Pantanal (Parque Nacional, RPPN Acurizal, RPPN Penha, RPPN Dorochê e RPPN Rumo ao Oeste) como Patrimônio Natural da Humanidade.