A Operação Cordilheira cumpriu 13 mandados de busca e apreensão em propriedades rurais no Pantanal Mato-grossense na segunda-feira, 20/3. A ação envolve a Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), o Ministério Público de Mato Grosso, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) e a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
Foram cumpridos 10 mandados em seis propriedades rurais situadas no Pantanal e três em propriedades comerciais e residenciais de Rondonópolis e Sinop.
De acordo com G1, a investigação começou no ano passado, após uma denúncia de que um imóvel no Pantanal estaria utilizando agrotóxico. Por lei, as propriedades rurais situadas no Pantanal Mato-grossense não podem fazer uso desse tipo de substância para que não destrua a vida silvestre, flora e fauna do bioma.
Uma análise feita pelo Embrapa aponta que Mato Grosso é um dos Estados que mais consomem produtos agrotóxicos no País. Sua exposição em graus diferenciados de toxidade, por meio de pulverizações aéreas, deixa resíduos nas águas, nos solos e provoca a contaminação da vida silvestre e fluvial, além do dano ao meio ambiente e à saúde pública.
Ameaças ao bioma
O Estado possui 7% de ocupação do território pantaneiro, sendo uma planície aluvial influenciada por rios que drenam a bacia do Alto Paraguai.
As principais atividades econômicas do Pantanal são a pecuária, pesca e o turismo. No entanto, as maiores ameaças ao bioma são o desmatamento e o manejo inadequado de terras para agropecuária, a construção de hidrelétricas e o crescimento urbano e populacional.