A passagem de uma frente fria levou um alívio momentâneo ao Pantanal. A queda da temperatura e o aumento da umidade relativa do ar afastaram os focos de incêndios e a fumaça que encobria Corumbá (MS).
Há mais de 90 dias, moradores da cidade sofriam com os impactos das queimadas, lembra o g1, sem falar nas temperaturas acima da média e na falta de chuvas. Mas, na segunda-feira, 8/7, os termômetros marcavam 13oC no início da manhã. Já a umidade relativa do ar estava entre 63% e 76% na cidade, condições meteorológicas que podem ajudar no combate ao fogo, reforça a Band.
Registros de satélite da NASA mostram a diferença nos acumulados de pontos de calor nas últimas 24 horas e na semana passada. Entre sábado e domingo (6 e 7/7), um foco de incêndio foi registrado por hora no bioma, conforme os dados do programa BDQueimadas, do INPE. Já quinta e sexta feiras, foram 133 focos.
Em Mato Grosso, máquinas estão abrindo cinco tanques com grande capacidade de armazenamento de água ao longo da rodovia Transpantaneira, informa o Jornal Hoje, e serão abastecidas por poços artesianos.
“Isso vai permitir que tenhamos água por mais tempo para combater os incêndios e matar a sede dos animais”, explicou Ilvânio Martins, presidente da Fundação Ecotrópica.
A bacia do rio Paraguai, que banha o Pantanal, permanece em níveis de estiagem preocupantes, relata o Midiamax. De acordo com balanço do Centro de Monitoramento do Clima e do Tempo de Mato Grosso do Sul (CEMTEC) divulgado na segunda-feira, nos três dias anteriores o rio Paraguai estava abaixo da cota e com redução do nível a cada dia analisado. O mesmo ocorreu nos rios Aquidauana, Miranda e Cuiabá.
A seca extrema levou a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) de Mato Grosso a restringir o uso de água na bacia do Paraguai, informam R7, CenárioMT e MidiaNews. O consumo humano, a dessedentação de animais, o combate a incêndios, a preservação da fauna e as atividades econômicas serão priorizados, nessa ordem, com restrições para outras finalidades.