As queimadas na Amazônia e no Pantanal provocaram episódios de fumaça e diminuição na qualidade do ar em cidades de dez estados do país.
Foi o que revelou imagens obtidas pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos sobre a concentração do monóxido de carbono em uma faixa que se estende do Norte do Brasil até as regiões Sul e Sudeste, passando sobre o Peru, Bolívia e Paraguai.
Segundo nota divulgada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, o fogo na Amazônia estava concentrado principalmente no sul do estado e nos arredores da Rodovia Transamazônica.
O Amazonas e o Pará somam juntos mais da metade dos focos de incêndio no bioma de janeiro a agosto de deste ano, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
O Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro revelou que, este ano, o fogo já consumiu mais de três milhões de hectares da Amazônia. No Pantanal, mais de um milhão de hectares.
O laboratório ainda alertou para o perigo extremo de fogo com previsões para a Bacia do Paraguai. E que, até a próxima quinta-feira, 22/8, toda a região vai enfrentar condições climáticas que dificultam o combate a incêndios até por meios aéreos.
Quase 1,5 mil brigadistas do Ibama e do ICMBio atuam no combate aos incêndios florestais na Amazônia.
Já no Pantanal mato-grossense, o trabalho é feito por mais de 300 brigadistas do Ibama e do Instituto Chico Mendes, além de 400 militares das Forças Armadas, 95 da Força Nacional e dez da Polícia Federal.
Desde julho, uma sala de situação criada pelo governo federal concentra a resposta federal aos incêndios no país.
Na Amazônia Legal, foram disponibilizados R$ 405 milhões de reais do Fundo Amazônia para apoiar as ações do Corpo de Bombeiros.
No Pantanal, foi liberado o crédito de mais de R$ 100 milhões de reais, além do repasse de mais de R$ 13 milhões ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional para assistência humanitária e combate a incêndios florestais.
Fonte: Agência Brasil