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Queimadas na Amazônia disparam 61% e batem recorde em 20 anos

Queimadas na Amazônia disparam 61% e batem recorde em 20 anosSeca e ação humana foram determinantes. Foto: Agência Brasil

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O primeiro semestre de 2024 registrou 13.489 focos de incêndio na Amazônia, maior número em duas décadas. Esse aumento representa 61% a mais que no mesmo período em 2023. Os dados, do INPE, indicam que apenas 2003 (17.143) e 2004 (17.340) tiveram mais queimadas no primeiro semestre de um ano desde o início da série histórica em 1998. As informações são de O Globo.

O número total de incêndios ocorridos no primeiro semestre deste ano é uma má notícia para o país, que deve enfrentar este aumento dos incêndios no bioma enquanto o desmatamento continua a diminuir. De acordo com dados do INPE, de 1º de janeiro a 21 de junho foram desmatados 1.525 km², ante 2.649 km² no primeiro semestre de 2023, uma redução de 42%. Em 2023, o desmatamento já havia sido reduzido pela metade em relação a 2022.

“Infelizmente, boa parte dos biomas brasileiros está sob estresse hídrico por falta de chuvas. O ambiente fica mais seco e a vegetação mais seca é mais propícia a incêndios”, disse à AFP Rômulo Batista, porta-voz do Greenpeace Brasil.

Batista revelou que “a maioria destes incêndios não ocorre espontaneamente ou devido à queda de raios”, mas sim devido à “ação humana”, sobretudo para limpar terrenos para expandir as atividades agrícolas.