O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado Ambiental (GAECO) está investigando cinco servidores da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) de Mato Grosso por suspeita de participação em uma organização criminosa responsável pela emissão de licenças ambientais fraudulentas.
A Sema-MT respondeu à reportagem do g1 em nota e alegou que não admite nenhuma ilegalidade e que contribuiu com a polícia. A pasta informou que os servidores continuam no exercício do cargo público e que medidas administrativas serão tomadas assim que as acusações forem mais concretas.
De acordo com as investigações, o grupo teria simulado contratos e inserido informações falsas no sistema da Sema, incluindo laudos, estudos e relatórios ambientais utilizando nomes de possíveis “laranjas”. O objetivo era obter créditos que seriam transferidos para outras empresas, que também seriam “laranjas”, segundo a polícia. Com essa prática, o grupo conseguia fraudar as licenças ambientais.
Segundo a polícia, os créditos obtidos por meio dessas fraudes eram transferidos para empresas que possuíam madeiras de origem desconhecida, fruto de desmatamentos ilegais na Amazônia. Há também indícios de que esses valores tenham sido repassados para empresas fictícias, existentes apenas no ambiente virtual.
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Carreira dos Profissionais do Meio Ambiente de Mato Grosso (Sintema-MT), Carlos Augusto Gomes informou que os funcionários não foram intimados e condenou qualquer ato ilícito por parte da categoria.